quinta-feira, 31 de março de 2011

CEO da Wallmart adverte para a inflação que aí vem


(Via Fascist Soup)

Patética mobilidade

Fiel a si próprio, o governo de Sócrates, no deslumbramento pacóvio perante a tecnologia de cuja utilização adviria, automaticamente, uma suposta bandeira de modernidade que o país erigiria perante terceiros. Até ao fim.

A gangrena (2)

Há uns meses, escrevia por aqui que A nossa doença é muito profunda. Ameaça gangrena.
De então para cá tenho glosado este ponto de vista repetidamente vincando que o nosso problema, infelizmente, vai bem para além de uma situação de iminente bancarrota.

O que Sócrates fez ao nosso país foi algo de muito pior ao promover activamente, por acção ou omissão, uma profunda degradação ética e moral que perdurará muito provavelmente bem para além da superação da crise económica-financeira, por natureza conjuntural.

O establishment de Sócrates pode bem caracterizar-se pelos inúmeros e sucessivos casos de podridão moral. Este exemplo, conhecido hoje, é "só" mais um. E é esta banalização do mais descarado despudor que é perigosamente mortal.

Há sempre quem consiga ultrapassar

o recorde do despudor. PS quer peritos orçamentais em silêncio até às eleições. Vítor Baptista, participante neste episódio muito pouco edificante, acha que o conhecimento da execução orçamental não deve ser público.

Dos especuladores à contabilidade

A grande conspiração urdida contra Portugal continua, qual hidra de múltiplas cabeças. Agora, assegura Teixeira dos Santos, chegou a vez de atacar a contabilidade: "défice orçamental de 2010 sem impacto contabilístico foi de 6,8%". Porém, as regras burocráticas dos contabilistas, quais  mangas de alpaca, de Bruxelas, levam a que os 6,8% passem a 8,6%. Pelo caminho, o défice de 2009, foi também rectificado de 9,3% do PIB para 10%.

Numa palavra, o governo do Inenarrável, devidamente secundado pelo Incapaz, deu mais um excelente sinal aos mercados. A juntar a todos os outros sinais "encorajadores", "interessantes", "bons" e, com frequência crescente nos últimos meses, "históricos".

O monstro burocrático na versão americana

  • Pythagorean Theorem: 24 words
  • Lord’s Prayer: 66 words
  • Archimedes’ Principle: 67 words
  • 10 Commandments: 179 words
  • Gettysburg Address: 286 words
  • Declaration of Independence: 1,300 words
  • US Constitution with 27 Amendments : 7,818 words
  • US Government Regulations on Sale of Cabbage: 26,911 words
(Via The Burning Platform)

Não é bonito de se ler

... mas temo que seja uma visão muito realista, quanto ao desenrolar da crise soberana, aquela que é aqui exposta em artigo do dia 30-03-2011 no Wall Street Journal.

Vergonha indizível

Ministro revoga despacho de pagamento à mulher. A única atitude mínimamente digna seria a demissão. Tudo o resto é inaceitável. 

Armando a Al-Qaeda

Michael Scheuer, antigo chefe da "Estação Bin Laden" na CIA onde teve uma carreira de 22 anos, explica por que razão crê que há mujahadeen entre os rebeldes líbios que os americanos estão a ajudar.

Those were the days, my friend...

Belo texto, como é aliás usual com Pinho Cardão. Acompanho-o com a canção aludida.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Não é uma desilusão

é apenas uma confirmação. As Linhas de Orientação para elaboração do Programa Eleitoral do PSD não passam de generalidades banais, anódinas, inodoras e incolores .

Exercício de introspecção (2)

Como é os portugueses deixaram que o "tiranete vindo das Beiras" arrasasse financeira, ética e moralmente o país?

Vítor Bento, citado pelo Jornal de Negócios, tem uma explicação credível:
Ou seja: os portugueses preferiram continuar a viver numa ilusão tendo ajustado as suas preferências eleitorais àqueles que, não obstante o que realmente deles pensavam, apesar de tudo dessem mais "garantias" de manter por mais tempo o próprio logro em que assenta o Estado "social".

"A conclusão (...) a que eu tenho vindo a chegar, não necessariamente com grande satisfação, é que outra actuação não teria sido possível, no quadro democrático. Qualquer narrativa diferente teria sido rejeitada eleitoralmente, como aliás foi."

Double standards

(Via Lew Rockwell)

Pro memoria (2)

Creio que oportuna


Adenda: via Blasfémias, recordar também o (grande) desconforto de Sócrates com o vocábulo "verdade" pela ocasião da peleja a que também se refere a imagem acima.

terça-feira, 29 de março de 2011

Para os contendores, o objectivo de uma guerra é matar

... e não defender causas humanitárias. Não passa de pura hipocrisia ignorar esta verdade simples. Rand Paul, em entrevista ao programa Freedom Watch, explica por que razão a participação dos Estados Unidos na guerra na Líbia é inconstitucional, nos precisos termos aliás com que Obama, muito justamente, condenou Bush pela forma como este engajou os EUA na guerra no Iraque.

Fantasias e realidades

Uma lição de Física pelo Prof. Pinto de Sá, a propósito de mais uma manifestação de desespero TGVífico.

Pro memoria

Manifesto da culpa dos outros (II), no 31 da Armada.

De como a bancarrota pode ser saudável

David Howden, co-autor com Philip Bagus do mui recente "Deep Freeze" (em versão digitalizada aqui)  relativo à crise financeira que assolou a Islândia, em entrevista ao Libertad Digital, apresenta as teses contidas no livro. À pergunta "Qual foi o caminho que a Islândia escolheu para lidar com a sua crise financeira?", Howden responde de uma forma em que me revejo:
«Islandia eligió la ruta del default para lidiar con su colapso. El banco central había garantizado la deuda del sector bancario, que fue imposible de pagar sin recurrir a la inflación. El seguir este curso de acción tiene ventajas e inconvenientes, aunque creo que las ventajas superan a las desventajas.

En cuanto a los inconvenientes, inflar mucho la oferta monetaria para reducir el valor real de las deudas existentes implicó una gran redistribución de riqueza. Algunos empresarios que tenían cargas de deuda insostenibles fueron efectivamente rescatados. La inflación eliminó gran cantidad de ahorros.

Afortunadamente, en Islandia este efecto fue minimizado. Se siguió la vía convencional de la bancarrota y se permitió quebrar a las empresas y bancos. Al permitir que la mayoría de las malas inversiones se liquidaran, Islandia minimizó la inflación que era necesaria para saldar las deudas sobre el resto de la economía.

La ventaja de esto es que Islandia pudo empezar de nuevo. El reajuste puso fin a la continuación de estas malas inversiones. Aunque causó pánico en el corto plazo, la vía del default (suspensión de pagos) ha puesto a Islandia en un lugar privilegiado para el éxito a largo plazo. Cuando la crisis golpeó al país, el Gobierno islandés pidió ayuda internacional -algo similar a lo de Grecia o Irlanda-. No dispuestos a sostener a un barco que se hundía, solo les proporcionaron una cantidad de financiación internacional limitada, y en fecha tardía.

Como consecuencia, el Gobierno islandés se vio forzado a hacer notables recortes de gasto que otros países no han acometido. La falta de un esfuerzo concertado para el rescate por parte de la comunidad internacional -como el que hemos visto con Grecia o Irlanda- fue la que de hecho salvó al país de una situación mucho más grave al traer las reformas necesarias para un futuro sostenible.»
__________________
Adenda: no excelente Economic Policy Journal, Bob Wenzel escreve, concordando com Howden, sob o título S&P Downgrades Portugal and Greece:
Bankruptcy or inflation is the ultimate "solution", given that residents of the PIIGS will riot against cuts in government payouts.

A bankruptcy would hurt the elitist banks holding PIIGS paper, which means if you are a betting man, choose inflation. The only question remaining is whether the European Central Bank does the printing, or whether the eurozone breaks up and each of the PIIGS resorts to bringing back their separate original currencies that they then inflate.

Um tema difícil: a propriedade intelectual (4)

Um estimulante video que questiona o que muitos supõem definitivamente estabelecido:

Será que os civis de Kadhafi são diferentes

destes outros? Fica uma amostra para suscitar a curiosidade:

Moedas fiduciárias vs ouro

Os adeptos da moeda "elástica" interpretação o gráfico abaixo como ilustrativo da "bolha" do ouro. Para mim, é simples: Mises já deixou tudo escrito em letra de pedra relativamente à inflação.

Retirado daqui

"The endeavors to expand the quantity of money in circulation either in order to increase the government’s capacity to spend or in order to bring about a temporary lowering of the rate of interest disintegrate all currency matters and derange economic calculation.”Ludwig von Mises

segunda-feira, 28 de março de 2011

Um convite para conhecer

... Hans-Hermann Hoppe. É Jeffrey Tucker que o faz ao considerar esta entrevista como provavelmente a melhor que Hoppe (a quem já me referi aqui, para além da colocação na vitrina dos livros da sua obra talvez mais emblemática: "Democracy, The God That Failed") alguma vez concedeu. Aconselho vivamente a sua leitura

Glasnost na Fed

A ligação - o conúbio -  entre a Fed e o Governo americano exposta em linguagem entendível para o comum dos mortais. Ben Bernank(e) vive tempos difíceis.

Humanitária a intervenção na Líbia?

Segundo a AP, no Twitter:
FLASH: Libya rebel official says rebels in "active discussions" to have sanctions lifted on purchases of crude from rebel-held east Libya
É realmente uma sorte que o Tesouro americano tenha incluído nas suas sanções à Líbia uma disposição segundo a qual, logo que o petróleo mudasse de mãos essa parte das sanções possa ser levantada. E que tenha já sido estabelecida uma estrutura percursora de um próximo banco central a par de uma nova companhia para gerir o petróleo na mão dos rebeldes.

A culpa

Um brilhante e arrasador artigo de Bagão Félix, no Diário Económico

«A culpa de não haver PEC 4 é do PSD e do CDS. A culpa de haver portagens nas Scuts é do PSD que viabilizou o PEC 3. A culpa do PEC 3 é do PEC 2. Que, por sua vez, tem culpa do PEC 1.

Chegados a este, a culpa é da situação internacional. E da Grécia e da Irlanda. E antes destas culpas todas, a culpa continua a ser dos Governos PSD/CDS. Aliás, nos últimos 16 anos, a culpa é apenas dos 3 anos de governação não socialista.

A culpa é do Presidente da República. A culpa é da Chanceler. A culpa é de Trichet. A culpa é da Madeira. A culpa é do FMI. A culpa é do euro.

A culpa é dos mercados. Excepto do "mercado" Magalhães. A culpa é do ‘rating'. A culpa é dos especuladores que nos emprestam dinheiro. A culpa até chegou a ser das receitas extraordinárias. À falta de outra culpa, a culpa é de os Orçamentos e PEC serem obrigatórios.

A culpa é da agricultura. A culpa é do nemátodo do pinho. A culpa é dos professores. A culpa é dos pais. A culpa é dos exames. A culpa é dos submarinos. A culpa é do TGV espanhol. A culpa é da conjuntura. A culpa é da estrutura.

A culpa é do computador que entupiu. A culpa é da ‘pen'. A culpa é do funcionário do Powerpoint. A culpa é do Director-Geral. A culpa é da errata, porque nunca há errata na culpa. A culpa é das estatísticas. Umas vezes, a culpa é do INE, outras do Eurostat, outras ainda do FMI. A culpa é de uma qualquer independente universidade. E, agora em versão pós Constâncio, a culpa também já é do Banco de Portugal. A culpa é dos jornalistas que fazem perguntas. A culpa é dos deputados que questionam. A culpa é das Comissões parlamentares que investigam. A culpa é dos que estudam os assuntos.

A culpa é do excesso de pensionistas. A culpa é dos desempregados. A culpa é dos doentes. A culpa é dos contribuintes. A culpa é dos pobres.

A culpa é das empresas, excepto as ungidas pelo regime. A culpa é da meteorologia. A culpa é do petróleo que sobe. A culpa é do petróleo que desce.

A culpa é da insensibilidade. Dos outros. A culpa é da arrogância. Dos outros. A culpa é da incompreensão. Dos outros. A culpa é da vertigem do poder. Dos outros. A culpa é da demagogia. Dos outros. A culpa é do pessimismo. Dos outros.

A culpa é do passado. A culpa é do futuro. A culpa é da verdade. A culpa é da realidade. A culpa é das notícias. A culpa é da esquerda. A culpa é da direita. A culpa é da rua. A culpa é do complexo de culpa. A culpa é da ética.

Há sempre "novas oportunidades" para as culpas (dos outros). Imagine-se, até que, há tempos, o atraso para assistir a uma ópera, foi culpa do PM de Cabo-Verde.

No fim, a culpa é dos eleitores, que não deram a maioria absoluta ao imaculado. A culpa é da democracia. A culpa é de Portugal. De todos. Só ele (e seus pajens) não têm culpa. Povo ingrato! Basta! Na passada quarta-feira, a culpa... já foi.»

Curioso...

também partilho da mesma impressão.

domingo, 27 de março de 2011

História benevolente

Nogueira Leite diz que Sócrates é o pior primeiro-ministro desde 1922

«[S]e alguém tem feito tudo para que Portugal recorra ao FMI é o engenheiro Sócrates»

What happened to Madalena Iglésias?

Why don't governments push for more hydrogen cars? É a pergunta, mais que legítima, do Guardian o qual recorda que, ainda em 2003, George W. Bush apostava que os automóveis movidos a hidrogénio seriam a forma pela qual a América diminuiria significativamente a sua dependência do petróleo. E quando vemos que esse automóvel, ainda que em protótipo, já existe, que devemos pensar?

Honda FCX Clarity

A Líbia e os formalismos constitucionais

Clicar para ver melhor

Das subtilezas do cálculo da inflação


1) - Mudar as regras do jogo, fazendo com que 9% seja hoje 2%.
2) - Especial atenção para aplicar técnicas hedónicas à coisa bem ilustradas no cartoon.

Estou a aguardar pela próxima zona de exclusão aérea

Aviso: o video tem imagens de sangue explícitas a partir do 1'56''. O upload ocorreu ontem e o título que lhe atribuíram foi: SYRIA DEMONSTRATION - BASHAR ASAD ARMY AND IRANIANS SHOOT US, UNITED STATES PLEASE

Euro mistificação


O ouro nada tem a ver com o euro (excepto as três últimas letras). Mas querem que pensamos que tem. Por que será? Este blogue assumiu como uma das razões da sua existência tentar responder a esta pergunta. Continuarei a insistir.

Faber: Líbia, Japão, petróleo, activos financeiros e ouro

Marc Faber, ouvido como poucos, em entrevista à FoxNews.


(Transcrição disponível, aqui)

Bretton Woods revisited

David Kramer chama-nos a atenção para o próximo evento CRISIS and RENEWAL: International Political Economy at the Crossroads, April 8-11, 2011, a ter lugar em Bretton Woods, patrocinado pelo Institute for New Economic Thinking.

José Sócrates é um grande admirador do senhor sentado
entre os representantes da União Soviética e da Jugoslávia
Pode ler-se na página respectiva (realce meu):
In 1944 the United States government chose the Mount Washington Hotel as the site for the first Bretton Woods Conference, which established the World Bank and chose the American dollar as the backbone of international exchange. The meeting provided the world with badly needed post war currency stability.
Uma coisa é certa: não esconde ao que vem. Para confirmar, basta passar os olhos pela lista dos participantes.

Mais uma prova da maldade intrínseca

dos povos daquelas ilhas. Mesmo dos que se dizem camaradas.

Abyssus abyssum invocat

No Abrupto. Um excerto:
José Sócrates e o PS foram os grandes escavadores do abismo. Não fizeram outra coisa nos últimos seis anos, com ajuda de outros escavadores nos últimos quinze. O gigantesco buraco que escavaram ficou a olhar para cima com uma pantagruélica, incomensurável boca, na qual um dente de falso ouro, engana os que o olham de cima, atraídos pela luz escassa, que ilude o escuro das profundezas. Luz que parece prometedora, a luz do poder. Também já foi dito: quando alguém olha para o abismo, o abismo olha também de volta. Invocat. Chama. E o PSD atirou-se, iludido pelo falso ouro, e pelas vozes. Duvido que alguém saiba muito bem o que está lá no fundo. No inferno.

A Fed é necessária?

Cada vez mais acossados, os responsáveis pela instituição que o Juiz Napolitano define como mais secreta que a própria CIA, tentam impedir que a onda de contestação se transforme num tsunami arrasador, passando a dar 4 (quatro) conferências de imprensa por ano! No clip abaixo, o controverso Glenn Beck explica, com surpreendente rigor, o que é a Fed e como ela nasceu, de facto, numa reunião ultra-secreta em 1910, antecedendo a sua criação formal em Congresso - pelo Federal Reserve Act - em 1913 e promulgado pelo "progressivo" Woodrow Wilson. Beck relata também as tentativas anteriores, falhadas, desde a Guerra da Independência, de criar um banco central nos Estados Unidos.

Querido e Amado Líder


Suplantando-se a si próprio, Sócrates reeleito líder do PS com 93,3% dos votos.

sábado, 26 de março de 2011

A magia da máquina de lavar roupa

Não concordo com tudo o que Hans Rosling diz mas não há para mim dúvida que esta é uma brilhantíssima palestra que nos ajuda a defender a superior ética do capitalismo.

A verdade torna-se um problema caso seja conhecida


"Segundo o Expresso apurou, Cavaco deu voz à preocupação (sua e das autoridades europeias) de que a descoberta de novos buracos nas contas ponham Portugal ainda mais em xeque, mas também a UE, que teria falhado pela segunda vez no acompanhamento de um Estado-membro. O pior cenário seria a repetição do que se passou na Grécia: a revelação de despesas escondidas e a evidência do falhanço dos mecanismos de controlo europeus."
Que seja apenas a influência osmótica de Ricardo Costa. Caso contrário, ainda uma vez mais, será o regresso à sabedoria do Prof. Oliveira Salazar: «Tudo se pode fazer. Desde que não se saiba» 

Exercício de introspecção

Como é os portugueses deixaram que este "tiranete vindo das Beiras" arrasasse financeira, ética e moralmente o país?

64 milhões de apartamentos vazios

Via The Burning Platform

Anyone who can watch [the video below] and not conclude that China is headed for a bubble pop is just in denial of the facts. When I watch the video, my question isn’t who is going to occupy these vacant cities. The real question is who funded the construction. Hundreds of billions have been spent to build these cities. Banks had to make loans in order to employee millions of workers to build these monuments to stupidity. The government controls the banks and forced them to make the loans. Where is the cashflow to repay the principal and interest? There is none.

When China reports 10% GDP growth every quarter, the building of these cities is in that number. Therefore, the growth number is a fraud. China is giving the appearance of progress when they are just creating future bad debt losses. The average Chinese person could never afford one of those 64 million vacant apartments. The Chinese miracle is an illusion. I don’t know what will pop this bubble. I didn’t know what would pop the US housing bubble in 2005 either. But it popped. Bubbles always pop. ALWAYS!!!!


sexta-feira, 25 de março de 2011

Assim vai a liberdade no Egipto

No Ahram Online:

Calling for a demonstration now a punishable offence under the new law as the cabinet cracks down hard on the very acts of defiance that have set Egypt on the road to a better future.

O que Sócrates fez a Portugal

José Manuel Fernandes tem hoje, no Público, talvez o melhor libelo que um português já escreveu sobre o descalabro económico e financeiro mas, sobretudo, ético e moral em que deixa o país. (Recomenda-se a sua leitura logo que a habitual transcrição da sua crónica seja publicada no Blasfemias).

No Finantial Times de hoje, podemos ver uma opinião de um não português sobre o legado de Sócrates: que Portugal seja anexado pelo Brasil.

A coisa promete

A elevação evidenciada pelo dono desta página do Facebook, próxima da do capo da banda, permite antecipar as condições em que irá decorrer a campanha eleitoral. Vai valer tudo. Mas tudo!

(Palmado no 31 da Armada)

Mais um resultado histórico

que se vem juntar a todo um longuíssimo legado dos Governos Sócrates: [e]xcedente orçamental de Fevereiro passa a défice de 2,5 mil milhões em 30 dias. Histórico, de facto. Na desfaçatez e na aldrabice contumazes.

Hilariantemente certeiro


João Miranda, no Blasfémias, em "A culpa é do PSD"

De como matar líbios se tornou um imperativo moral

Por Patrick J. Buchanan. Obrigatório ler.

Princípios vs hipocrisia relativista

Iraq Vs Libya - Where are the protesters?

quinta-feira, 24 de março de 2011

Promessas, mentiras, promessas, mentiras

Tem toda a razão David Kramer quando observa que os fundadores do Youtube, Chad Hurley, Steve Chen, and Jawed Karim, são quem devia receber o Prémio Nobel da Paz, pois foram eles que inventaram a melhor arma alguma vez criada para  promoção da verdade e da justiça. Ora vejam:

Uma excelente pergunta

a de Thomas DiLorenzo:

«What Should the Government Tell the Mother of a Dead American Soldier . . . que perca a sua vida na Líbia? Resposta: que ele morreu a defender a Irmandade Muçulmana e a Al Qaeda, duas organizações que foram identificadas como fazendo parte dos "rebeldes" que se opõem a Kadhafi que são agora, aparentemente, nossos "aliados".»

Ainda agora começámos

e já estamos assim? Não é bom sinal mas, infelizmente, não é nada que me surpreenda.

O início de mais uma Operação (2)

Daqui até às eleições, Sócrates e o PS irão afirmar, veementemente e em crescendo que, devido à "irresponsabilidade" do PSD, tornou-se mais provável, senão mesmo inevitável, o recurso à ajuda financeira do FSEF/FMI. Com essa ajuda externa (do FMI, já que, para o Governo, a ajuda do BCE há muito em vigor, e do FSEF não são "externas" (serão o quê?)), jurarão, as medidas de austeridade que virão a ser aplicadas serão muito mais gravosas que aquelas que aconteceriam caso o Governo se mantivesse.

Exercitando a memória recente deveria ser suficiente para recordar que este Governo, em doze meses, nos presenteou com quatro(!) pacotes de austeridade afirmando, em cada um, que as medidas previstas eram as suficientes e que não haveria necessidade de outras. O "êxito" conseguido no "controle" ao défice de 2010, após três PEC, irá traduzir-se, afinal, numa derrota, mesmo depois do truque do recurso ao fundo de pensões da PT. Quanto a 2011, no preciso momento em que apresenta o PEC IV, percebe-se que só a inclusão das empresas de transportes no perímetro de consolidação das finanças públicas, para além de atirar a dívida pública bem para além da dívida pública, tornará ainda mais difícil a obtenção do objectivo dos 4.6% do PIB para o défice orçamental. Ou seja, não só os sacrifícios pedidos são sistematicamente insuficientes, como não há perspectiva nenhuma de até onde "vai isto parar".  Enfim, o descalabro é absoluto.

De todo se deverá minimizar o poder de uma propaganda assente na "defesa" perante o "inimigo externo". Será - é - um argumento falacioso mas que apela à emoção "bruta". Racionalmente, e não querendo assumir o default com todas as suas consequências, o recurso ao FSEF/FMI será sempre, afinal, bem menos ruinoso que continuarmos a nos financiar a taxas de juro suicidárias. Não haja ilusões, este PEC IV (não as miudezas de que é composto, mas os 0.8% do PIB que representam) já veio inteirinho de Bruxelas.

A verdade da situação das nossas finanças públicas

Como alguém escreveu, cada um escolhe as citações que lhe fazem jeito. Da entrevista de António Barreto à SIC que o clip recorda, poderia escolher muitas que me "fazem jeito". Elejo não uma citação mas uma sua ideia: a sugestão de, daqui até às eleições, sob iniciativa do PR, se levar a cabo uma auditoria às finanças públicas para que os portugueses possam conhecer a verdadeira situação das nossas finanças públicas. Vejo outra vantagem potencial: que o próximo Governo nos poupe à encenação, já  muito conhecida, que a "situação que herdámos era muito pior do que aquela que era a divulgada pelo anterior Governo pelo que não podemos cumprir as promessas que anunciámos em campanha eleitoral...".

O início de mais uma Operação

Começou, com o início da operação PEC IV e irá continuar, com intensidade crescente, mais uma campanha de mistificação a grande escala para, no mínimo, conseguir penalizar o menos possível, Sócrates e o PS nas próximas eleições tentando fazer recair no PSD os efeitos, reais e imaginários, da "crise política".

Quando leio que o Governo culpa PSD e restante oposição por corte no "rating" de Portugal que a Fitch anunciou hoje, sem que os "jornalistas"(?) façam o mínimo que se lhes exigia, ou seja, lerem os fundamentos apresentados pela própria Fitch (que não incluem a queda do Governo). Por outro lado, a  não ser que se procure afanosamente fazer um frete a Sócrates, "esquecendo" que esta decisão mais não faz do que alinhar a notação da Fitch pela da Moody's e da S&P que se lhe tinham antecipado.
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Nota: Perez Metelo, na TVI, continua a provocar-me vómitos.

A inspiração do amigo Zapatero

¿Derroche? España es el país europeo con más AVE, autopistas y aeropuertos, no Libertad Digital.

Tradução minha de uns excertos que manteriam toda a validade do lado de cá da fronteira bastando para tal substituir o nome "Espanha" por "Portugal":

Embora já se disponha de metodologia de avaliação avançada e comprovada, em Espanha ela não é aplicada, levando-se a cabo investimentos em infra-estruturas de transporte de duvidosa rentabilidade social, sem estudos prévios de avaliação económica.

Os últimos estudos disponíveis evidenciam uma ligação cada vez mais débil entre a dotação de capital público para infra-estruturas de transporte e a sua relação com a produtividade, pelo que os recursos públicos deveriam reorientar-se para outro tipo de actividades com maior repercussão na economia.

Ou seja, as infra-estruturas em Espanha são caras, pouco úteis por vezes, pensadas mais com critérios políticos que económicos Bnão servem para impulsionar a productividade.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Serviços públicos vs serviços privados

Esta é a questão fundamental que temos de endereçar e resolver. Adiá-la será caminho certo para um empobrecimento cada vez maior.


(Via FascistSoup)

Síria: 48 anos em estado de emergência

A polícia continua a raptar pessoas em plena rua como o clip abaixo demonstra filmado ontem mesmo. Entretanto, continuam relatos de pessoas mortas aquando de manifestações contra o regime.

Três notas

Uma positiva: um governo que fazia parte do problema, acabou.

Uma negativa: Francisco Assis reitera elogios "de envergadura" a Sócrates o que significa que o PS admite que este o possa levar ainda a um resultado eleitoral "honroso".

Uma neutra: aguardo programa eleitoral e equipa de Passos Coelho.

O equívoco que nunca o foi

Ministro das Finanças responde às críticas do interior do Governo e do PS sobre a polémica [do congelamento ou não] das pensões mínimas: "Não houve da minha parte qualquer equívoco".

Confirma-se, portanto, o que me pareceu desde logo evidente. Não percebo, porém, por que razão não se demitiu o Ministro das Finanças quando teve que aceitar o dito pelo não dito.

Pacotes de Liberdade by USA

Liz Taylor - uma extraordinária actriz

RIP, 23-03-2011

Joe Biden pede a impuganção de Obama


(Via FascistSoup)

Semântica da zona de exclusão aérea na Líbia



EUA, energia e o confusionismo de Obama

Há dias abordei aqui o conúbio que Obama tem promovido entre a Administração e duas empresas icónicas americanas - a GE e a GM - a propósito do carro eléctrico.

Hoje, este artigo de Bob Murphy. no cada vez mais indispensável Institute for Energy Research, ilustra bem, a meu ver, a total irracionalidade da política(?) energética de Obama.

Assim, enquanto nos EUA Obama tudo tem feito para inviabilizar a prospecção e subsequente exploração de novas jazidas, já na sua visita ao Brasil, elogia os brasileiros pela actuação que têm tido no desenvolvimento da prospecção e exploração off-shore porque tal permite diminuir a dependência do fornecimento proveniente de zonas mais "sensíveis".

Em simultâneo, ao mesmo tempo que elogia o desenvolvimento do Brasil no domínio do etanol como uma das soluções "verdes" alternativas aos combustíveis fósseis, mantém elevadíssimas tarifas à importação de etanol do Brasil enquanto, em simultâneo, subsidia fortemente a indústria americana de etanol porque muito menos eficiente que a brasileira. O resultado combinado é um combustível energeticamente fraco a um custo estupidamente alto sem nenhuma vantagem ambiental (como até mesmo Al Gore reconheceu).  

Resumindo: um absurdo total ambiental, económico, energético em prejuízo da independência estratégica da superpotência!

terça-feira, 22 de março de 2011

Da suposta iliteracia financeira das famílias (act.)

Os Governos vivem da tomada de "medidas", da necessidade de, em especial em tempos de dificuldades, "fazer algo" ("do something"), mesmo que esse algo acabe por ter consequências frequentemente inversas das inicialmente pretendidas (congelamento das rendas, salário mínimo, escolaridade obrigatória, etc.). Em Portugal, muito em particular porque não há qualquer espécie de fact-checking (à excepção de alguns bloggers), não se foge a esta regra.

Outra actividade favorita dos Governos é a de fornecer "incentivos" que têm uma racionalidade: as pessoas precisam de ser "empurradas" para tomarem certas decisões, primeiro pela presuasão e, se necessário for, pela imposição porque, supostamente, não conseguirão por si só encontrar o rumo certo para governarem as suas vidas.

Vem isto a propósito da leitura de três notícias ontem constantes do Jornal de Negócios, todas elas relativas a instrumentos de poupança. Assim, enquanto se noticiava que os Certificados do Tesouro atraem mais de 110 milhões das poupanças dos portugueses (apenas em Fevereiro, 212 milhões desde o início do ano no saldo, positivo, entre novas subscrições e resgates) também se dava conta que os Certificados de Aforro perdem mais de 250 milhões em Fevereiro (441 milhões desde o início do ano no saldo, negativo, entre novas subscrições e resgates). Ou seja, e resumindo, se é verdade que os Certificados do Tesouro se tornaram mais atractivos que os Certificados de Aforro a verdade é que, no conjunto dos dois instrumentos, estão aplicados em dívida pública menos 230 milhões de euros por cidadãos portugueses. Este é o resultado dos (des)incentivos governamentais, incompreensível quando o país enfrente uma enorme dificuldade em colocar externamente dívida pública, mas totalmente racional face à machadada na confiança, que irá durar anos anos a reparar.

Em contrapartida, e como resultado da dificuldade da banca portuguesa em encontrar financiamento externo, esta tem vindo a ser obrigada a remunerar a taxas mais atractivas os tradicionais, mas "seguros", depósitos a prazo. Resultado: Depósitos das famílias atingem máximos de 1989. E não é que não foram precisos incentivos estatais para obter tal resultado?
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Nota: por inadvertimento, foi publicado este post amputado dos dois últimos parágrafos e de parte do segundo o que tornava o texto incompreensível. Acresce que o título "original" continha um erro ortográfico lamentável que um generoso Anónimo assinalou.

Um tema difícil: a propriedade intelectual (3)

Clicar para ver melhor
No BoingBoing. Aconselho uma leitura dos comentários, nomeadamente este.

The PIIGS Are Almost Bacon

é o título sugestivo que Bob Wenzel constrói a partir de uma análise da Roubini Global Economics:
Our debt sustainability analysis across the eurozone periphery shows that Greece is clearly insolvent; the Irish government is unable to support its banks and remain solvent; Portugal’s public debt is not sustainable at current interest rates; it is still quite possible that Spain will lose market access in 2011; and Italian public debt is comparatively stable.

Apelo a Mário Soares

Escreve, no Blasfémias, José Manuel Fernandes,
«O que Mário Soares devia fazer era (...): reivindicar a sua qualidade de fundador, ou mesmo de criador, do PS para pedir a saída de José Sócrates ou, pelo menos, que este aceitasse eleições “à irlandesa”. Ele sabe, como todos sabemos, que Sócrates é parte do problema há muito tempo. Pior: que é único grande obstáculo à solução. Um PS sem Sócrates poderia conversar com o PSD. Agora com Sócrates já ninguém fala. Pior: alguém que se agarra desesperadamente ao poder porque sabe que, no dia em que o deixar, ficará reduzido, na melhor das hipóteses, ao estatuto miserável do herói de Garcia Marques em “Ninguém Escreve ao Coronel”…»

Foi assim em 1892

Recebido por email ainda há pouco.

A Líbia é o Iraque?

Pergunta Pedro Lomba na sua crónica de hoje. Destacaria os seguintes excertos que, de algum modo, se aproximam da posição que aqui tenho defendido sobre a guerra na Líbia e dos double standards usados para apreciar os mandatos de Bush e de Obama.
«(...) [A] intervenção na Líbia adquire contornos irónicos para quem se lembra da oposição à guerra no Iraque (uma "guerra imperialista, como se disse). O que aconteceu? Será o multilateralismo de Obama? Será porque Obama não se chama George W.Bush? Admitamos que países como a França tinham agora vetado a Resolução 1973 [do Conselho de Segurança das Nações Unidas que viabilizou os ataques contra Khadafi na Líbia], como sucedeu em 2003. Como é que a comunidade internacional deveria responder à falta de consenso? Conformar-se-ia com um mandato de inacção?

Claro que a Líbia (ao contrário do Iraque) interessa especialmente aos principais países europeus que dependem do seu petróleo e não desejam uma entrada em massa de emigrantes nas suas fronteiras. Desta vez, ninguém irá irá acusar Obama, Sarkozy ou Cameron de invadirem um país estrangeiro por petróleo. Na Líbia, aposto, ninguém irá falar de imperialismo, petróleo, crimes de guerra. Mudam-se os tempos, mudam-se as consciências.»

A guerra às drogas falhou


Imagem do Telegraph
Alguns excertos:
Leading peers – including prominent Tories – say that despite governments worldwide drawing up tough laws against dealers and users over the past 50 years, illegal drugs have become more accessible.
Vast amounts of money have been wasted on unsuccessful crackdowns, while criminals have made fortunes importing drugs into this country.
The increasing use of the most harmful drugs such as heroin has also led to “enormous health problems”, according to the group.
(...)
The chairman of the new group, Baroness Meacher – who is also chairman of an NHS trust – told The Daily Telegraph: “Criminalising drug users has been an expensive catastrophe for individuals and communities.
“In the UK the time has come for a review of our 1971 Misuse of Drugs Act. I call on our Government to heed the advice of the UN Office on Drugs and Crime that drug addiction should be recognised as a health problem and not punished.

Chegou a vez do Iémen

Imagem retirada daqui
Ali Abdullah Saleh, há 32 anos no poder (12 dos quais como presidente do Iémen do Norte) tem sido um considerado pelos Estados Unidos como um aliado vital contra a crescente presença da Al-Quaeda no país. Porém, a repressão brutal, que já causou largas dezenas de mortos, que tem exercido sobre os manifestantes que há semanas pedem a sua saída no poder tem levado à deserção crescente de importantes figuras do regime que agora se colocam ao lado dos insurgentes.

O ministro dos negócios estrangeiros francês, Alain Juppé, disse ontem em Bruxelas que a saída de Saleh é agora "inevitável".

Surprise

George Monbiot surpreende-me (realce meu):
«Yes, I still loathe the liars who run the nuclear industry. Yes, I would prefer to see the entire sector shut down, if there were harmless alternatives. But there are no ideal solutions. Every energy technology carries a cost; so does the absence of energy technologies. Atomic energy has just been subjected to one of the harshest of possible tests, and the impact on people and the planet has been small. The crisis at Fukushima has converted me to the cause of nuclear power

segunda-feira, 21 de março de 2011

No dia mundial da árvore

homenagem à

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O legado de O-bomb-a (2)


(Via LewRockwell)

Feche-se a Reserva Federal

é o que também defende Jim Rogers. O clube está a crescer. Significativamente.

Troféus de guerra

Afghanistan: Die Machenschaften des "Kill Teams"

Que os desejos se possam transformar em realidade

Axioma: José Sócrates é, de há muito, parte do problema e nunca fará parte da sua resolução.

  1. Sócrates ameaça com o Armagedeão que representará a concretização do recurso à ajuda externa. Trata-se de mais uma mistificação grosseira da realidade quando, acaso não fosse o BCE a fornecer liquidez à banca e a socorrer-nos no mercado da dívida, há muito que teríamos tido de recorrer ao EFSF (Fundo Europeu de Estabilização Financeira). Como António Borges dizia, em Outubro último, continuamos de joelhos perante o BCE, rezando para que o Banco Central Europeu não mude a sua política.
  2. Aliás, visto em perspectiva, Sócrates não tem feito outra coisa desde Maio passado, na cavalgada incessante de PEC em PEC obtendo do mercado sinais de crescente descrença da nossa capacidade em resolver os desequilíbrios da nossa economia (e pagarmos o que devemos)  aumentando os juros exigidos para a colocação da dívida logo a seguir a cada PEC. Arrastadas pelos mercados, as agências de rating têm-se limitado a efectuar meros actos de notariado atestando a cada vez menor qualidade da nossa dívida.
  3. Não há nenhum motivo para supor que "desta vez seja diferente", cenário aliás que nem o próprio Sócrates admite, razão pela qual decidiu promover a aceleração da crise política. Como já aqui referi, foi Sócrates quem escolheu o timing da "crise" e qual a encenação sob a qual vai decorrer ("[n]ão estou disponível para governar com o FMI"). Pretende, no mínimo, "perder por poucos" caso em que asseguraria a sua sobrevivência política a prazo. Se a margem de derrota for significativa será talvez provável que, num acto de magnanimidade, seja levado a afastar-se.
  4. A situação em que nos encontramos está muito próximo do desespero e um sinal evidente disso mesmo são notícias como esta, de hoje mesmo. Porém, os portugueses, na sua generalidade, ainda não perceberam a gravidade do que atravessamos até porque, desde Manuela Ferreira Leite, só Cavaco Silva tem feito a pedagogia necessária: falar verdade.
  5. Ora, só falando verdade, e retirando todos os esqueletos do armário, na presença de um rosto e de uma equipa sérios, com um plano igualmente sério, que a curto e médio prazos não deixará de ser muito doloroso, será possível ultrapassarmos a dificílima situação em que nos encontramos e que tem em Sócrates - não tem como fugir disso - o grande responsável.
  6. A bem de Portugal, o PS tem que substituir Sócrates. Logo depois de o eleitorado lhe ter imposto uma derrota clara. Vai ser preciso ter o PS como parte da solução sob pena de não se conseguir fazer o que é indispensável: o recuo significativo do Estado dos níveis absurdos a que se chegou.

Da sofisticação dos modelos de crédito bancário

Retirado daqui. Clicar para ver melhor.

O legado de Obama (1)

Jim Bovard, em Obama’s Mushroom Cloud Legacy:

«For years, we have heard that Obama is different than other politicians - wiser, more compassionate, more prudent.
Bull.
Blowing the hell out of Libya settles any doubts about whether Obama is simply another deluded ruler who will use power however he pleases to burnish his reputation.
Obama is simply a high-falutin’ version of George W. Bush. And any foreigner who is killed thanks to Obama’s orders is irrelevant, because the U.S. President was merely trying to do good.»

De insubstituíveis

Medeiros Ferreira não gosta. Aliás, segundo o próprio, nem sequer existem.

Rolando os dados


Luís Amado em declarações aos jornalistas: "Creio que estamos há demasiado tempo a jogar aos dados com o destino da economia portuguesa e dos portugueses”.

Fico a aguardar, em consequência, a apresentação do pedido de demissão do sr. Ministro.

domingo, 20 de março de 2011

George Carlin - We Like War

O grande George Carlin em acção com a sua linguagem exuberante.

Bernankageddon 2012

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A amplificação do desastre (3)

A meditar. Excertos de Me equivoqué, de Jorge Alcalde:

El foco de atención de miles de periodistas de medio mundo había dejado de ser (en sólo 24 horas) el efecto devastador de la fuerza del tsunami. Decenas de miles de japoneses sucumbían a la ola del olvido mediático, ajenos a que la madrugada europea los había sustituido por su nueva pesadilla, una palabra que corrió como la pólvora por las redacciones y se enseñoreó de los titulares: Meltdown! Fusión del núcleo.
(...)
Mientras el destino se empeñaba en desbaratar, como una cascada de piezas de dominó, todas las previsiones posibles, los vendedores de miedo subían sus apuestas y recorrían el salón de juegos arrimando a su causa a nuevos acólitos de la religión del "Ya os lo dije": políticos medrosos en eterna precampaña electoral, comentaristas desinformados que absorbían el caos con la avidez del adicto al titular, científicos estrella cegados por la luz del telediario en directo, mandamases del emporio nuclear timoratos y asustadizos paseando a gritos un sentimiento de culpa que los convertía en presas fáciles... Entre esa feligresía, los alarmistas trataban de recoger píldoras de credibilidad con las que reponer sus exiguas existencias, severamente mermadas después de tantas alarmas incumplidas, tantas catástrofes acumuladas que pudieron haber sido y no fueron.
(...)
Una semana después, la tragedia ha cambiado de bando. El tsunami ha dejado de estremecernos y sus víctimas no acongojan nuestros corazones tanto como las últimas mediciones de microsieverts de isótopos volátiles, con sus décimas y sus centésimas fluctuantes. ¿Por qué será que el terremoto de Japón es el que ha despertado la menor ola de solidaridad europea en la historia de las grandes catástrofes naturales? Los lobbies entretanto se remangan para recoger el rédito de su desesperada apuesta. Y el rédito llega a raudales. El nuevo debate nuclear, reabierto desde las cenizas del anterior, ya enarbola su mantra, escondido tras supuestas manifestaciones de apoyo al pueblo japonés que restaña sus heridas tras la desgracia del 11-M (maldita fecha): "¡Hay que cerrar Garoña!". (...)

A queda do dólar e a escalada da dívida

Um discurso absolutamente extraordinário de um personagem controverso. Como Bob Murphy aqui assinala, independentemente de se concordar ou não com as opiniões de Louis Farrakhan, o facto é que é assinalável o seu conhecimento das matérias financeiras bem como o poder da sua retórica.

À atenção dos humanitários distraídos

Apenas um dia depois da imposição da no-fly zone sobre a Líbia, o secretário geral da Liga Arábe, o egípcio Amr Mussa, comentou perante jornalistas que "o que sucedeu na Líbia difere do objectivo da imposição de uma zona de exclusão aérea e o que nós pretendemos é a protecção de civis e não o bombardeamento de outros civis".

Um bom conselho

aos Google Fellows, por Willis Eschenbach.

Guião para uma Tragédia

Via Jorge Costa, fui ler o Guião para uma Tragédia de Luís Campos e Cunha. Deste último, para saber "mais detalhes", saltei para a entrevista ao i. Aconselho a leitura de ambos. Registo esta passagem:
«Em 2008 tomaram-se duas decisões impensáveis. Uma foi baixar o IVA para 20%. Agora está em 23%. E depois foi o Orçamento para 2009 e em cima disso as medidas anticrise, que foram muito populares porque estávamos à beira de eleições. Nessa altura todos os políticos eram keynesianos da forma mais ridícula. Tudo isso levou a uma situação insustentável. É difícil dizer qual é o momento mais importante. Honestamente, penso que foi o PEC I: a fraqueza e a má qualidade de todas as decisões orçamentais desde as eleições até Abril de 2010, altura do downgrade da dívida pela S&P. A partir daí perdemos a última oportunidade de ultrapassar esta crise sem grandes problemas.»

Obama e o Império

Excelente síntese no Spiegel online (realce meu):
Barack Obama has taken a firm stance against Libyan dictator Moammar Gadhafi in one of the toughest speeches of his presidency. For Obama, threatening air strikes against Libya is a decisive turning point. Now the formerly peace-minded US president finally has a war of his own making.

A amplificação do desastre (2)

A julgar pelas headlines, agora ocupadas com a guerra politicamente correcta na Líbia, a situação na central nuclear de Fukishima ““está a melhorar” ainda que, em alguns sectores, as coisas se mantenham imprevisíveis” segundo o Público. Já para o Guardian, outro jornal "verde", "Japan's exhausted nuclear staff make breakthrough". Pro memoria, repito o gráfico do NewYork Times que já traduz o ocorrido até sexta-feira, inclusive.

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sábado, 19 de março de 2011

Hackers procuram-se

Excelente documentário (em sete partes), onde o narrador é Kevin Spacey, sobre a história do hacking e seus mais recentes desenvolvimentos. O documentário foi produzido antes que o caso de Wikileaks/Bradley Manning tivesse sido revelado não deixando de ser irónico que o famosíssimo hacker Adrian Lamo, personagem central do documentário, viesse posteriormente a ser conhecido como o whistleblower relativamente a Bradley Manning.

Ron Paul: o momento de sair do Afeganistão é agora


O posicionamento para o pós-Sócrates

Quando, no final de 2009, começou a emergir parte da verdade sobre o desastre da execução orçamental que, segundo o Governo, por altura das eleições legislativas de de 27 de Setembro desse ano,  corria de acordo com o "padrão de segurança", para todos ficou claro que a campanha eleitoral tinha decorrido sobre uma verdadeira bulra. Não só a situação financeira do Estado se tinha afinal agravado perigosamente, apesar das palavras de sossego do Ministério das Finanças antes das eleições, como se sabia no Governo que o próprio programa eleitoral do PS não era para ser executado pelo simples facto de não haver dinheiro para o cumprir. Recordem-se algumas passagens deste documento (página 43):
Foi por ter posto, em devido tempo, as contas públicas em ordem que Portugal pôde dispor dos recursos necessários para apoiar as empresas, o emprego e as famílias quando se fizeram sentir os efeitos da crise económica mundial.
Finanças públicas sãs que asseguram, também, de forma duradoura e socialmente justa, a viabilidade financeira dos diversos serviços públicos e dos sistemas de saúde e de protecção social.
Quando a verdade emergiu, fosse Portugal um país com cultura democrática responsabilizante, o partido que ganhou as eleições em 2009 teria, por sua própria iniciativa, pedido desculpa aos portugueses e tomado a iniciativa de substituir o primeiro-ministro, formando um novo governo. Teria sido a única forma de evitar a continuação do total desgoverno Sócrates II respeitando, ainda assim, os resultados de Setembro de 2009. Mas Sócrates tudo tinha secado ao seu redor. Esperei de figuras como Medeiros Ferreira, Francisco Assis, Manuel Maria Carrilho, António José Seguro ou Mário Soares uma palavra forte. Mas o que houve foi um silêncio apenas quebrado, honra lhe seja feita, por Henrique Neto.

Começaram de seguida os "PEC" ou, melhor, as sucessivas doses de austeridade: Março de 2010, Julho de 2010, Outubro de 2010, Março de 2011. Com eles, não só se foram as promessas do cheque bébé, da melhoria do abono de família e de outras prestações sociais  como, pelo contrário, se contrairam essas mesmas (e outras) prestações sociais, no pretexto de assim se salvar o Estado Social, reduzindo-o sucessivamente.

Sócrates, com a forma que escolheu na condução do PEC IV, optou pela via das eleições a curto prazo. Foi ele que as marcou pensando que agindo dessa forma terá pelo menos a hipótese de perder por poucos capitalizando de seguida o inevitável reforçar das medidas de austeridade que o próximo governo tomará. Passos Coelho, encurralado pela estratégia (?) que traçou, irá para eleições num tempo que não escolheu.

Entretanto, agora sim, algumas das personalidades do PS decidiram marcar terreno, publicamente: Medeiros Ferreira, prefereria que o PS fosse para eleições com outro rosto que não Sócrates; Manuel Maria Carrilho, que diz estarmos num beco sem saída, defende eleições antecipadas; Mário Soares acha que Sócrates cometeu erros graves que lhe hão-de sair caro; Sérgio Sousa Pinto diz algo de semelhante. Seguro, não fala publicamente, mas age em linguagem gestual. Que tenham sucesso para bem do PS. O que não é possível perdoar-lhes é o ano de atraso com que emitem estas opiniões.

Mais uma guerra, agora na Líbia

Dizem que é para proteger a população civil. Mas então cabe perguntar: e no Iémen e no Bahrein não são necessárias no-fly zones?

Império, espiões, assassinatos e dinheiro de sangue

Notícia, em português, aqui. O Juíz Napolitano reflecte sobre este caso no clip abaixo:

Obama, o carro eléctrico, a GM e a GE

Na sequência de Chevy Volt - primeiras apreciações, este artigo da Forbes é absolutamente demolidor para o conúbio entre o Big Government e o Big Business nos EUA sob a capa, politicamente correcta, da protecção ambiental e da luta contra as "alterações climáticas" até há pouco tempo mais conhecidas pela expressão genérica "aquecimento global".