Há já quase 2 anos anos perguntava aqui, em jeito sardónico, qual seria a razão pela qual os governos, tão entretidos a estimular subsidiar os veículos automóveis de tracção eléctrica em nome da economia "verde" se mostravam aparentemente desinteressados pela alternativa, tecnologicamente viável, da célula de combustível a partir do hidrogéneo. Ao que parece, a tecnologia "convencional" das baterias ofereceria melhores expectativas no curto/médio prazo. Sabemos o caminho que as coisas tomaram: um fracasso monumental apesar do dinheiro torrado pelos governos na sua promoção (com os EUA de Obama em lugar de destaque e Portugal com a fantástica inutilidade da socratina rede Mobi.e) e inúmeros fumos, quando não fogos, de ocorrupção na disputa pelos "estímulos". O entusiasmo foi, pouco a pouco, esmorecendo e até a BBC já publica textos como Electric cars 'pose environmental threat (!)
Ora é hoje notícia, via Bloomberg, que a Daimler, a Nissan e a Ford celebraram entre si um acordo tendo em vista o desenvolvimento de veículos movidos a células de combustível, à semelhança do que a Toyota e a BMW anunciaram no passado dia 24 (para além da Hyundai). Como se refere na notícia, "[a]s células de combustível produzem electricidade através da combinação de hidrogénio e oxigénio, libertando vapor de água no processo. Comparado com os veículos eléctricos alimentados por baterias, os automóveis alimentados a células de combustível têm uma autonomia mais próxima da dos veículos com motor de combustão e o tempo de reabastecimento é comparável ao de encher um depósito de gasolina". Ou seja, parecem ser capazes de contrariar a razão pela qual os carros eléctricos foram postos de pousio durante bem mais de um século (pela sua pequena autonomia) em desfavor dos movidos pelo motor de explosão.
Uma boa notícia, entretanto: pelo menos por enquanto, não se ouve falar deestímulos subsídios governamentais. Um bom sinal de sanidade económica assim tenhamos a (improvável) sorte de os políticos não se intrometerem...
Uma boa notícia, entretanto: pelo menos por enquanto, não se ouve falar de