Um documentário produzido WSJ que sugere que a intriga e o favoritismo continuam hoje a ser características tão importantes no exercício do poder na China quanto o eram ao tempo do Império do Meio:
sábado, 30 de junho de 2012
Concorrência, interesse geral e mitologia
Há bem mais de um século que se instalou uma mitologia segundo a qual, seja por "excesso" de concorrência, seja por tecnologias específicas a certas indústrias que tenderiam à concentração, quando não à transformação em "monopólios naturais", era necessária a intervenção do Estado para proceder à "necessária" regulação dos mercados que um invocado "interesse geral" imporia, na suposição - melhor dizendo, na fé - de que assim resultariam soluções de melhores níveis de bem-estar. A legislação antitrust e a nacionalização dos "monopólios naturais" foram respostas típicas por parte dos estados.
Para um defensor do funcionamento livre dos mercados, caso do autor destas linhas, tudo isto nunca passou de uma cortina de fumo lançada por interesses privados bem delimitados que, por captura do poder estatal, tentaram - e, geralmente, acabaram por conseguir - preservar as suas posições de dominância e respectivos benefícios - à custa dos consumidores ainda que utilizando uma retórica sonante de defesa do "interesse geral". As doutrinas económicas ditas neoclássicas viriam, après la lettre, a conferir uma suposta justificação académica às políticas de "defesa da concorrência" ou da reserva para os Estados de sectores inteiros de actividade (produção e distribuição de electricidade, correios, telecomunicações, etc.)1. O erro principal dos intervencionistas decorre de tomarem cada mercado, cada economia, como uma realidade estática e não dinâmica e, portanto, em mudança permanente.
Vem este longo prólogo a propósito da entrevista que Rui Moreira deu hoje ao Expresso onde aborda a intenção anunciada do Governo em privatizar a ANA em bloco a que se junta o anúncio da gestão centralizada do conjunto dos portos do país com isso prejudicando a competitividade futura da região nortenha. Rui Moreira tem razão, embora por razões algo diferentes daquelas que expõe. Isto é: o Governo pretende transformar o monopólio público da gestão aeroportuária num monopólio privado, com isso afastando a possibilidade - real - de uma gestão autónoma do aeroporto Sá Carneiro e também em concorrência à Portela; o Governo, em vez de estimular a concorrência entre os portos procura uma solução burocrática (centralizadora) para o seu conjunto estribada na populista orientação de redução das administrações dos portos. Aliás, mesmo admitindo que seja verdade que haja a vontade real de privatizar a gestão das transportadoras públicas (rodoviárias e ferroviárias), a solução de fundir o metropolitano com a Carris em Lisboa e com os STCP no Porto é, ela própria, cerceadora de uma concorrência que, em mãos privadas, poderia funcionar em benefício dos consumidores e contribuintes. O discurso da "racionalização" (extensível também à RTP) e da propaganda barata da redução de administradores é algo muito de pobre face ao desmantelamento, esse sim necessário, dos entraves à concorrência nos diferentes sectores. A este propósito, suspeito mesmo que a fobia pela manutenção do tal hub em Lisboa, no quadro da privatização da TAP, acabe por dar asneira e crie situações de favor desvirtuadoras de uma saudável concorrência, única forma de promover mercados dinâmicos e sustentáveis. Quero lá saber do hub de Lisboa! O que eu quero, o que querem todos os utilizadores do aeroporto de Lisboa, é simples: ligações directas aos destinos (muitas) e preços adequados (baixos). Tem sido a TAP quem os tem vindo a conseguir? Não me parece.
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Vem este longo prólogo a propósito da entrevista que Rui Moreira deu hoje ao Expresso onde aborda a intenção anunciada do Governo em privatizar a ANA em bloco a que se junta o anúncio da gestão centralizada do conjunto dos portos do país com isso prejudicando a competitividade futura da região nortenha. Rui Moreira tem razão, embora por razões algo diferentes daquelas que expõe. Isto é: o Governo pretende transformar o monopólio público da gestão aeroportuária num monopólio privado, com isso afastando a possibilidade - real - de uma gestão autónoma do aeroporto Sá Carneiro e também em concorrência à Portela; o Governo, em vez de estimular a concorrência entre os portos procura uma solução burocrática (centralizadora) para o seu conjunto estribada na populista orientação de redução das administrações dos portos. Aliás, mesmo admitindo que seja verdade que haja a vontade real de privatizar a gestão das transportadoras públicas (rodoviárias e ferroviárias), a solução de fundir o metropolitano com a Carris em Lisboa e com os STCP no Porto é, ela própria, cerceadora de uma concorrência que, em mãos privadas, poderia funcionar em benefício dos consumidores e contribuintes. O discurso da "racionalização" (extensível também à RTP) e da propaganda barata da redução de administradores é algo muito de pobre face ao desmantelamento, esse sim necessário, dos entraves à concorrência nos diferentes sectores. A este propósito, suspeito mesmo que a fobia pela manutenção do tal hub em Lisboa, no quadro da privatização da TAP, acabe por dar asneira e crie situações de favor desvirtuadoras de uma saudável concorrência, única forma de promover mercados dinâmicos e sustentáveis. Quero lá saber do hub de Lisboa! O que eu quero, o que querem todos os utilizadores do aeroporto de Lisboa, é simples: ligações directas aos destinos (muitas) e preços adequados (baixos). Tem sido a TAP quem os tem vindo a conseguir? Não me parece.
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1Gabriel Kolko, historiador de indisputável pendor à esquerda, é um autor que muito tem contribuído para desmistificar toda estas hipócritas defesas do "interesse geral". Railroads and Regulation: 1877-1916 e The Triumph of Conservatism: A RE-Interpretation of American History, 1900-1916 são duas obras de referência da sua autoria. Para um rápido overview destas matérias desde os tempos da era progressiva nos EUA, até ao final dos anos 80 do século passado, Antitrust and Monopoly: Anatomy of a Policy Failure, de Dominick T. Armentano é uma obra de referência, também para não economistas.
Socialista ou Fascista
Socialist or Fascist, por Thomas Sowell (via A Arte da Fuga). Para os que acharem tratar-se se uma dúvida abstrusa, quiçá ofensiva, convido-os (aos incréus) à leitura da excelente biografia de Mussolini, de Pierre Milza, que se mantém na vitrina.
It bothers me a little when conservatives call Barack Obama a "socialist." He certainly is an enemy of the free market, and wants politicians and bureaucrats to make the fundamental decisions about the economy. But that does not mean that he wants government ownership of the means of production, which has long been a standard definition of socialism.
What President Obama has been pushing for, and moving toward, is more insidious: government control of the economy, while leaving ownership in private hands. That way, politicians get to call the shots but, when their bright ideas lead to disaster, they can always blame those who own businesses in the private sector.
...
One of the reasons why both pro-Obama and anti-Obama observers may be reluctant to see him as fascist is that both tend to accept the prevailing notion that fascism is on the political right, while it is obvious that Obama is on the political left.
Back in the 1920s, however, when fascism was a new political development, it was widely -- and correctly -- regarded as being on the political left ...
Mussolini, the originator of fascism, was lionized by the left, both in Europe and in America, during the 1920s. Even Hitler, who adopted fascist ideas in the 1920s, was seen by some, including W.E.B. Du Bois, as a man of the left.
What socialism, fascism and other ideologies of the left have in common is an assumption that some very wise people -- like themselves -- need to take decisions out of the hands of lesser people, like the rest of us, and impose those decisions by government fiat.
Only our own awareness of the huge stakes involved can save us from the rampaging presumptions of our betters, whether they are called socialists or fascists. So long as we buy their heady rhetoric, we are selling our birthright of freedom.
sexta-feira, 29 de junho de 2012
A prosperidade e a saúde por decreto
Não tive qualquer surpresa com o anúncio da decisão do Supremo Tribunal dos EUA relativamente à, na sua óptica, constitucionalidade do pacote legislativo conhecido por Obamacare ou, mais propriamente, do "Affordable Care Act". Se o Estado se arroga o direito de lançar impostos, de impedir a ingestão de determinadas substâncias, de obrigar à frequentar determinadas instituições (e de proibir a de outras) ou de exigir uma série de licenças para vender limonada na rua, qual o espanto de, agora, vir obrigar os cidadãos a comprar um seguro de saúde? No fim de contas, não tinha já Romney sido o percursor de algo muito parecido aquando da sua passagem pelo governo do Massachusetts?
Os EUA ainda não digeriram os efeitos das sucessivas políticas promotoras da "affordable housing" (de republicanos e democratas), ou seja, do estouro da bolha imobiliária e consequente crise financeira e económica; prossegue, a bom ritmo, a bolha educativa resultante de anos de incentivo da "affordable schooling" que já provocou a acumulação de uma dívida astronómica que será insusceptível de ser paga. Pois que mais se esperaria senão mais um passo para a promoção da affordability na saúde, num país onde os cuidados de saúde representam a maior percentagem do PIB no mundo (15,2%) sem que com isso consiga obter resultados correspondentes? O resultado de tudo isto - de almoços grátis para todos - não é difícil de prever: serviços de saúde mais caros e cada vez piores serão inevitáveis neste quadro, como Ron Paul assinala.
Do que não tenho dúvida é que se trata de mais um passo na progressiva e ininterrupta diminuição da liberdade individual. Será que este cartoon se revelará premonitório?
Os EUA ainda não digeriram os efeitos das sucessivas políticas promotoras da "affordable housing" (de republicanos e democratas), ou seja, do estouro da bolha imobiliária e consequente crise financeira e económica; prossegue, a bom ritmo, a bolha educativa resultante de anos de incentivo da "affordable schooling" que já provocou a acumulação de uma dívida astronómica que será insusceptível de ser paga. Pois que mais se esperaria senão mais um passo para a promoção da affordability na saúde, num país onde os cuidados de saúde representam a maior percentagem do PIB no mundo (15,2%) sem que com isso consiga obter resultados correspondentes? O resultado de tudo isto - de almoços grátis para todos - não é difícil de prever: serviços de saúde mais caros e cada vez piores serão inevitáveis neste quadro, como Ron Paul assinala.
Do que não tenho dúvida é que se trata de mais um passo na progressiva e ininterrupta diminuição da liberdade individual. Será que este cartoon se revelará premonitório?
Ou será que para além em vez do Volt/Ampera o governo irá também antes obrigar os cidadãos a comprar títulos da dívida pública?
quinta-feira, 28 de junho de 2012
Mercantilismo verde
Depois de casos complicados como foram os das bancarrotas da Solyndra, da Ener1 e da First Solar onde o discurso "verde", relativo à produção de energia eléctrica, foi seriamente abalado (por confronto com o que se passa, por exemplo, com a revolução do gás de xisto) foi com naturalidade que a administração de Obama recorreu a novas barreiras ao livre comércio através da imposição de barreiras alfandegárias para proteger ainda mais os fabricantes "verdes" agora contra os competidores externos. E eis que as falácias mercantilistas de Colbert são uma vez mais recicladas (a propósito, aconselho ler este belíssimo ensaio de Gary North).
Tal não bastou, porém, a que mais uma empresa previamente alvo da atribuição de generosos subsídios e empréstimos em condições muito especiais pela administração Obama tenha mordido o pó. Hoje foi a vez de mais uma fabricante de painéis solares - a Abound Solar. "Torrado" voltou a ser o dinheiro dos contribuintes. Mas para o Departamento de Energia (DOE) de Obama, chefiado pelo nobelizado Steven Chu, está tudo bem assim. Veja-se esta (descarada) passagem do press release de hoje a propósito deste caso:
This effort has seen many successes as well as a few setbacks, but one thing is clear: America must continue playing to win in the clean energy race. We need not allow our dependence on foreign oil to be followed with a dependence on foreign solar panels and wind turbines. Instead, we can and must fight to ensure that the next generation of solar panels is invented in America by American innovators, built in America by American workers, and sold around the world.
O resultado de juntar sete buracos num único
é o que seria de esperar: Bankia não vale nada. O título do Público em linha é até enganador pois, na realidade, "[o] grupo Bankia tem um valor negativo de 13,6 mil milhões de euros, segundo uma avaliação feita pelo HSBC".
Podemos estar descansados
Governo descarta mais austeridade “exclusivamente” para o Estado. Cavaco Silva deve ter ficado feliz.
terça-feira, 26 de junho de 2012
Austeridade e novilíngua
Défice [do orçamento] do Reino Unido sobe apesar de austeridade. Austeridade estranha, esta, em que o défice ultrapassa os 8% do PIB. Não só as despesas do Estado continuam a superar as receitas como o fosso entre ambas se alarga! Definitivamente, a Novilíngua instalou-se.
segunda-feira, 25 de junho de 2012
A ciência climática: pós-normal e pós-moderna
Um excerto de um inspirador post de Garth Paltridge "Science held hostage in climate debate" no blogue de Judith Curry:
[C]limate science is an example of what Canadian educator Sue McGregor calls “post-normal science”, in which “the facts are uncertain, values are in dispute, stakes are high and decisions are urgent”. In such circumstances it is virtually impossible to avoid subconscious cherry-picking of data to suit the popular theory of the time. Even Isaac Newton and Albert Einstein were not immune from the problem. In their case they were of sufficient genius (and were sufficiently lucky!) for their theories ultimately to trump the inaccuracy of the observations they had selected. Other scientists are rarely so prescient or so lucky. In the modern era, the problem is compounded by the existence of vastly complex computer models that can be tuned, again more-or-less subconsciously, to yield the desired result. From theory to observation and back again – if we are not careful, the cherry-picking can go round and round in an endless, misleading loop.
But the real worry with climate research is that it is on the very edge of what is called postmodern science. This is a counterpart of the relativist world of postmodern art and design. It is a much more dangerous beast, whose results are valid only in the context of society’s beliefs and where the very existence of scientific truth can be denied. Postmodern science envisages a sort of political nirvana in which scientific theory and results can be consciously and legitimately manipulated to suit either the dictates of political correctness or the policies of the government of the day.
Electricidade sem fios
Em casa, mas também no escritório (para não falar da paisagem), é de há muito um anseio que todavia sempre vi como muito afastado: livrarmo-nos dos cabos de alimentação/transmissão eléctrica (sem ser por via de baterias ou similares). Mas há quem esteja a trabalhar neste sentido e já tenha resultados para apresentar. Eric Giler, CEO da Witricity, mostra-nos como talvez o sonho venha a transformar-se numa realidade não muito distante (via LRC):
sábado, 23 de junho de 2012
A ambição pela asneira
está bem espelhada nesta entrevista da ministra Cristas ao Expresso, no balanço da Rio+20. Uns excertos:
A UE não ficou muito satisfeita com o documento final da Rio+20. Porquê?
A UE tem sempre mais ambição do que os outros países, esse é o seu papel, manter o nível de ambição elevado, porque se não forem os 27 a fazer esse papel, outros não o farão e é essa pressão que no final determina que haja alguns ganhos. Possivelmente, se a UE não mantivesse uma fasquia tão elevada, uma agenda tão relevante e ambiciosa em matéria de ambiente, hoje estaríamos a falar em ganhos praticamente nulos.
...
Havia um tema muito importante para a UE que era introduzir o conceito de economia verde, e esse conceito ficou consagrado, apesar de haver desde há muito tempo uma grande oposição por parte dos países do G-77 (países em desenvolvimento). Ficou a economia verde como um caminho para o desenvolvimento sustentável, foi positivo isso acontecer e terem sido desmontados alguns fantasmas que havia em torno do conceito. A economia verde é uma economia que quer o bem-estar das populações, quer a erradicação da pobreza, mas quer isto feito ao mesmo tempo que se protege o ambiente, que se conserva, que não se degrada.
Dir-se-ia uma autêntica Heloísa Apolónia, em embalagem conservadora compassiva. Mas "moderna", claro.
sexta-feira, 22 de junho de 2012
Não há nada mais prático do que uma boa teoria
Miguel Frasquilho (PSD), comentando a execução orçamental acumulada até Maio: Mais austeridade é hipótese "teórica".
Insanidade proibicionista
Michele Leonhart, a actual primeira responsável pela agência federal norte-americana DEA - Drug Enforcement Agency, criada em 1973 pela administração Nixon no âmbito da "Guerra às Drogas", demonstra bem o carácter totalmente arbitrário dos fundamentos em que assenta a organização a que preside no "diálogo" que mantém com o congressista democrata Jared Polis durante uma audição. Um excerto:
Polis - "Is crack worse for a person than marijuana?"O resto é digno de se ver e ouvir e bem resume o papel primeiro (e último) do burocrata estatal. Tentar delimitar um conceito de moralidade a partir da arbitrariedade da lei. É por isso que Leonhart é "incapaz" de responder às questões de Polis. Se lhas respondesse de boa fé, esvaziaria a razão de ser (que lhe advém exclusivamente da lei e só dela) da agência que dirige.
Leonhart - "I believe all illegal drugs are bad."
Polis - "Is methamphetamine worse for somebody’s health than marijuana?
ML - "I don't think any illegal drug..."
Polis - "Is heroin worse for somebody’s health than marijuana?
Leonhart - "Again, all drugs..."
Polis - "Yes, no, or I don't know?... If you don't know this, you can look this up. As the chief administrator for the Drug Enforcement Agency, I'm asking a very straightforward question."
Polis - "Is heroin worse for a person healththan marijuana?"
Leonhart - "All illegal drugs are bad."
Tudo isto é, para ser suave, altamente lamentável quando sabemos coisas como esta:
O gráfico foi elaborado a partir dos dados obtidos neste estudo realizado no Reino Unido em 2010 (acessível mediante registo prévio, mas sem custo).
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Nota: entretanto, não deixem de visitar, com a frequência que merece, o blogue A Droga de Política, onde muito se aprende sobre a matéria proibicionista, com Filipe Nunes Vicente.
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Nota: entretanto, não deixem de visitar, com a frequência que merece, o blogue A Droga de Política, onde muito se aprende sobre a matéria proibicionista, com Filipe Nunes Vicente.
quarta-feira, 20 de junho de 2012
E não têm vergonha na cara?
RTP vai ser a televisão oficial do Optimus Alive. Mais um excelente exemplo da mentira do "serviço público" de televisão.
terça-feira, 19 de junho de 2012
Este país não é para jovens (4)
Mesmo que se queira ganhar competências profissionais para assim, mais facilmente, se obter uma colocação profissional,
19-06-2012 - 51% dos jovens prontos para trabalhar de graçahá quem não deixe. E esse alguém é o Governo que não altera esta criminosa legislação:
01-06-2011 - Novos estágios não remunerados passam a ser proibidos a partir da próxima semana
Desafiando o incumbente
A Microsoft procura responder à revolução do iPad. Para isso, adopta o modelo que sempre foi o da Apple, integrando as plataformas de software e hardware. Não se conhecendo ainda bem as especificações dos novos tablets que irão dispor do novo sistema operativo Windows 8, algo já salta à vista que constitui uma inovação importante e diferenciadora: a disponibilidade de um teclado embutido na própria capa do dispositivo.
Vídeo promocional.
Nadar, morrer afogado ou simplesmente rir
John Lewis, no show televisivo Colbert Report, elabora, hilariantemente, sobre o extraordinário caso que se vem desenvolvendo entre os legisladores do estado norte-americano da Carolina do Norte. Ao que parece, não concordando com a predição de um certo conjunto de cientistas (sim, desses) segundo a qual os níveis do mar subirão cerca de um metro durante o século XXI, os legisladores pretendem limitar, por lei(!), essa subida a 20 centímetros!!! (Para os que quiserem ler sobre esta verdadeira pérola, podem fazê-lo aqui, aqui ou ainda aqui.)
Via Aquanomics.
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Evitar perturbações para criar hecatombes
Liquidação do BPN 'perturbaria' sistema financeiro, segundo o Governador do Banco de Portugal, Carlos Costa. Assim, quem é "perturbado" é o contribuinte. Só que numa escala bem maior.
Desejos por realidades
é o exercício a que se dedicam carradas de "especialistas" para veicular inanidades. Um mero exemplo, a propósito dos resultados das eleições de ontem na Grécia e do resgate bancário a Espanha - "Foi dado sinal de tranquilidade aos mercados". E o que dizem os mercados hoje? Simplesmente, isto: taxas de juro recorde para a dívida soberana espanhola, com maturidade de 10 anos, com um spread, também ele recorde, de 588 pontos base face às bunds alemãs:
Gráfico retirado daqui cerca das 17:00 de hoje |
O estatismo que nos sufoca e violenta (2)
A propósito do aqui mencionei, Alberto Gonçalves escreveu no DN de ontem uma notável crónica intitulada "Estado terminal" que recomendo vivamente a sua integral leitura. Destaco dois trechos:
[N]ão sei se é pior tratar as pessoas como retardadas ou acreditar que as pessoas são retardadas a ponto de convocarem as autoridades para as iluminar. Em qualquer das hipóteses, o relevante é a educação, em Cuba, na Coreia do Norte e, aos poucos, nas democracias ocidentais, tornar-se um exclusivo do Estado, que agora aspira a orientar informalmente os petizes que há muito orienta de modo formal. Com óptimos resultados, acrescente-se (...)
O que, num certo sentido, é admirável são as pretensões pedagógicas por parte dos poderes públicos. Sob todos os pontos de vista, o Estado é irresponsável, calão, desonesto, ignorante e - à atenção da DGS - prejudicial à saúde, física ou mental. Mesmo assim, semelhante evidência não lhe modera a vocação correctiva, um apetite por regulamentar tudo o que se mexe e, no que respeita aos detergentes e às varandas, tudo o que não se mexe também. A vontade do Estado em ensinar é directamente proporcional à incapacidade do Estado para aprender, e não há dúvidas de que precisa de uma lição. Os cidadãos é que não precisam das lições do Estado, e aqueles que acham o contrário merecem-nas.
domingo, 17 de junho de 2012
Grécia: Também me parece que não será para a semana
Marc Faber: "I think the dollar had a very strong rally and the euro became very oversold. I think the Greek election will be favorable in other words the Greeks will decide not to leave the Eurozone and the problems will be postponed because they will not implement the austerity that is demanded by them, and I do not know what eventually the actual outcome will be but I think it is quite possible that at some stage the Germans will lose patience and that they will exit the Eurozone"... "The countries that are weak, Spain, Greece, Italy, Portugal, they will not have the political will to implement the austerity that is demanded and the strong countries do not have the political will to pay for these countries"
Preparando a Conferência Rio+20
Segundo o nosso bem conhecido e alinhado Público, o secretário-geral da ONU, Ban-Ki-moon, considera que a Rio+20 é demasiado importante para falhar e que, "[s]e não tomarmos acções firmes, podemos estar a caminhar para o fim."
Com esta preocupação em mente, considero seu meu dever recordar aqui algumas declarações de eminentes personalidades que nos alertam precisamente para que fim deveríamos, segundo elas, estar a caminhar. Por exemplo:
"Isn’t the only hope for the planet that the industrialized civilizations collapse? Isn’t it our responsibility to bring that about?"
-- Maurice Strong, Chairman da Cimeira da Terra, 1992
"We’re at 6 billion people on the Earth, and that’s roughly three times what the planet should have. About 2 billion is optimal."
-- Paul Ehrlich, Stanford University, biólogo
"A total population of 250-300 million people, a 95% decline from present levels, would be ideal."
-- Ted Turner, fundador da CNN
"The extinction of the human species may not only be inevitable but a good thing…This is not to say that the rise in human civilization is insignificant, but there is no way of showing that is will be much of a help to the world in the long run."
Editorial do The Economist
"My own doubts came when DDT was introduced. In Guyana, within two years, it had almost eliminated malaria. So my chief quarrel with DDT, in hindsight, is that it has greatly added to the population problem."
-- Alexander King, fundador do Clube de Roma
E para ilustrar que estas preocupações já estão presentes nas actividades preliminares da conferência (que se inicia dia 20), aqui deixo uma pequena súmula do que já se pôde ouvir:
Frase do dia (47)
[N]othing is more senseless than to base so many expectations on the state, that is, to assume the existence of collective wisdom and foresight after taking for granted the existence of individual imbecility and improvidence.
Frédéric Bastiat
sábado, 16 de junho de 2012
Pico quantos? (2)
A figura abaixo representa a evolução das reservas provadas de petróleo nos últimos 20 anos à escala mundial (cf. dados disponibilizados pela BP). Se de 2001 para 1991 o acréscimo foi de 22,7%, já de 2011 relativamente a 2001 ele foi de 30,4%. Particularmente interessante é também a perda da importância relativa do Médio Oriente nestes 20 anos: de 64% para 48,1% da produção mundial, essencialmente em contrapartida do continente sul-americano.
Por diversas vezes tendo por aqui afirmado que não há nenhuma razão para, ao contrário do que veiculam os alarmistas, pensar que o esgotamento do petróleo (como aliás de qualquer outro recurso natural) esteja iminente. Mas mesmo que se verifique uma escassez relativa de um dado recurso natural, e com isso se verifique um aumento do seu preço, o mercado (o resultado da interacção humana) tratará de encontrar uma solução (normalmente pelo desenvolvimento de novas e/ou mais eficientes tecnologias). Nesta linha de pensamento, poder-se-ia dizer que a evolução recente dos preços do petróleo traduz exactamente essa escassez relativa (apesar dos volumes absolutos acima graficados). Mas será mesmo assim?
Num mundo que, especialmente nos últimos 40 anos, se habituou a viver em regime de inflação permanente (ainda que "moderada" nos últimos 15/20 anos), será talvez melhor usar um outro padrão para aferir da evolução dos preços reais do petróleo. É o que se faz no gráfico seguinte (retirado daqui):
Reparem como a leitura dos preços actuais do barril de petróleo (WTI) é radicalmente diferente. Afinal, relativamente ao ouro, os preços actuais, reais, são sensivelmente idênticos aos que se verificavam nas vésperas do 1º "choque" petrolífero!
Assim sendo, e por muito que custe aos alarmistas de profissão, quer no volume conhecido de reservas provadas, quer no preço real - indicador fundamental do mercado para informar os seus participantes da "escassez" - o petróleo não dá mostras de se esgotar. Temos pena.
Lovelock: The UK should be going mad for fracking
Interessantíssima entrevista de James Lovelock ao.... Guardian! Defensor do nuclear ainda que céptico que possa ser uma resposta efectiva, pelo menos a médio prazo, após Fukushima; devastadoramente crítico das eólicas e, por fim, um grande promotor do gás de xisto para satisfazer as necessidades energéticas e, simultaneamente, descarbonizar. Pelo meio, faz penitência por ter participado do discurso alarmista dos eco-teócratas. É caso para dizer, como faz James Delingpole, que quanto mais velho mais sábio. Não admira que os greenies o detestem hoje.
A rima da História
Patrick J. Buchanan assina, na American Conservative, mais um excelente artigo a propósito do conflito na Síria: Bashar al-Assad: A Mideast Franco? A tradução, algo livre, é minha.
"A História não se repete, mas frequentemente rima", disse Mark Twain.
Observando-se a revolta na Síria, as atrocidades, a intervenção de potências rivais, tudo chama a atenção para o grande ensaio para a Segunda Guerra Mundial, a Guerra Civil Espanhola.
A guerra começou em 1936 com uma revolta em Marrocos de nacionalistas espanhóis contra um regime de Madrid visto como anti-católico, marxista e trotskista. Vladimir Lenine havia previsto que a Espanha seria a segunda república soviética na Europa.
A guerra duraria três anos, com Estaline fornecendo auxílio ao regime, Benito Mussolini enviando tropas para lutar ao lado do general Francisco Franco e Adolf Hitler a sua Legião Condor. O bombardeamento de Guernica pela Legião, evocado no famoso quadro de Picasso com esse nome, seria considerado como o grande crime de guerra do conflito.
No entanto, Guernica foi uma brincadeira de crianças comparado com o que estava para vir como o Blitz, Berlim, Dresden, Tóquio, Nagasaki, Hiroshima. O Tribunal de Nuremberga sabiamente [sarcasmo] excluiria o terror dos bombardeamento das cidades como um crime de guerra pelo qual os nazis poderiam ser julgados e enforcados. Assim como a América se recusou a intervir na Síria, FDR [Franklin Delano Roosevelt] declarou neutralidade no início da Guerra Civil Espanhola, proibindo toda a venda de armas a qualquer dos lados.
Em 1936, quando a guerra de Espanha eclodiu, FDR falou pelo seu país: "Nós rejeitamos compromissos que nos poderiam envolver em guerras estrangeiras; evitamos ligações às actividades políticas da Liga das Nações. (...) Nós não somos isolacionistas excepto na medida em que procuramos isolarmo-nos completamente da guerra. "
A América, enfaticamente, concordou.
sexta-feira, 15 de junho de 2012
Frase do dia (46)
«Democracy and liberty are not the same. Democracy is little more than mob rule, while liberty refers to the sovereignty of the individual.»
Walter E. Williams
quinta-feira, 14 de junho de 2012
O amanhã é já hoje e é horrível (2)
Há umas semanas escrevia por aqui um post intitulado Hoje no carro, amanhã em casa de cada um, a propósito da intenção anunciada pelo Governo de proibir fumar nos automóveis que transportem crianças. Uns dias passados, e esse futuro orwelliano era pré-anunciado em Nova Iorque (onde um maníaco totalitário deu agora em querer proibir soft drinks com açúcar a partir de uma determinado tamanho de embalagem).
Hoje chegou mais uma barbaridade inqualificável em outro assomo do ultra-neoliberalismo reinante na esteira das "sugestões" de João Pereira Coutinho: DGS [Direcção-Geral da Saúde] quer ir a casa de crianças até 4 anos para avaliar risco de acidente.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Ficamos muito mais descansados
Itália não vai precisar de ajuda externa, diz Mont. Voltamos assim à conhecida fórmula: "a Itália não é a Espanha".
A Grande Insanidade (2)
Nigel Farage sublinha a Grande Insanidade: a "genialidade" de conceber um esquema de resgate à banca espanhola que, por exemplo, põe a Itália a pedir emprestado a 6% (para contribuir com 20% do empréstimo a Espanha) para receber juros a 3%. Recorda que, acaso a Grécia saia do euro, será o próprio ECB que terá ser alvo de um bailout por parte dos restantes membros da zona euro (entre os quais, Portugal, Irlanda, Espanha, Itália...). E termina de forma demolidora: "the Euro Titanic has now hit the Iceberg and sadly there simply aren't enough lifeboats."
A Grande Insanidade
reside em acreditar que um problema de excesso de dívida se resolve contraindo ainda mais dívida. Este boneco, retirado daqui, ilustra, na sua simplicidade, o vórtice destrutivo :
Como aqui escreve Gary North, também creio que vem aí o Grande Incumprimento (Great Default) pois, como ele escreve, "Politicians cannot bring themselves to stop spending money the governments do not have". É por esta razão que tudo será feito para tentar salvar a banca já que dela depende o financiamento da máquina estatal.
domingo, 10 de junho de 2012
Mais uma notícia que não o foi
Report: Rebels Responsible for Houla Massacre, no National Review Online, fazendo eco de uma notícia original do alemão Fankfurter Allgemeine Zeitung: Abermals Massaker in Syrien (via LRC).
A nova realidade energética na América
Daniel Yergin, autor do famosíssimo The Prize: The Epic Quest for Oil, Money and Power, escreve hoje no New York Times: America’s New Energy Reality. Uma nova realidade que tem muito pouco a ver com o despesismo distributivo (e rentista) de subsídios da administração de Obama (como antes de Bush) e muito mais com o funcionamento do mercado (quando o mecanismo da formação dos preços ainda não foi completamente distorcido pelos governos).
A evolução dos discursos de Obama nos seus discursos ao Congresso, apesar da liderança retórica, limita-se a ir a reboque da realidade, não a liderá-la.
A evolução dos discursos de Obama nos seus discursos ao Congresso, apesar da liderança retórica, limita-se a ir a reboque da realidade, não a liderá-la.
24-02-2009 (16 menções a 'energy' e uma a 'clean energy'; 2 a 'oil' e 0 a 'natural gas'):E, cereja no bolo, atente-se neste gráfico (retirado daqui):
«We have known for decades that our survival depends on finding new sources of energy. Yet we import more oil today than ever before (...) We know the country that harnesses the power of clean, renewable energy will lead the 21st century (...) [T]o truly transform our economy, protect our security, and save our planet from the ravages of climate change, we need to ultimately make clean, renewable energy the profitable kind of energy»
27-01-2010 (15 referências a 'energy' e 10 a 'clean energy'; 2 a 'oil' e 0 a 'natural gas')
«[T]o create more of these clean energy jobs, we need more production, more efficiency, more incentives (...) Even if you doubt the evidence [on climate change], providing incentives for energy efficiency and clean energy are the right thing to do for our future, because the nation that leads the clean energy economy will be the nation that leads the global economy.»
24-01-2012 (24 referências a 'energy', 10 a 'clean energy', 11 a 'oil' e 5 a 'natural gas')
«[N]owhere is the promise of innovation greater than in American-made energy. Over the last three years, we’ve opened millions of new acres for oil and gas exploration (...) This country needs an all-out, all-of-the-above strategy that develops every available source of American energy (...)»
São os governos e os bancos centrais os grandes responsáveis pela catástrofe
Não são precisas muitas palavras para descrever as causas do desastre monumental que se está a formar (e do qual o bailout de ontem à banca espanhola foi apenas mais um "ligeiro" afloramento). Recordem-se as de Godfrey Bloom, no Parlamento Europeu, em 11 de Maio de 2011:
sábado, 9 de junho de 2012
Frase do dia (45)
«The return to gold does not depend on the fulfillment of some material condition. It is an ideological problem. It presupposes only one thing: the abandonment of the illusion that increasing the quantity of money creates prosperity.»
Ludwig von Mises, Economic Freedom and Interventionism
sexta-feira, 8 de junho de 2012
Sinais (13)
Via ZH:
"A Fortress Paper Ltd. anuncia que a sua subsidiária, a Landqart AG, das principais fabricantes de papel-moeda e títulos seguros em papel, viu reconfirmada uma encomenda de notas. Esta encomenda tinha sido inesperadamente suspensa no quarto trimestre de 2011, o que veio a impactar negativamente nos resultados financeiros das operações da Landqart no primeiro semestre de 2012."
A multiplicação dos empregos "verdes" sob Obama
Acontece que, segundo a administração [de Obama], incluem-se na definição de "empregos verdes" as seguintes profissões (via Carpe Diem): professores universitários que ensinam estudos ambientais; funcionários de oficinas de reparação de bicicletas;empregados de antiquários; trabalhadores do Exército de Salvação porque vendem roupas usadas; funcionários de lojas que vendem livros e manuscritos raros; trabalhadores de lojas com artigos à consignação; funcionários de lojas de venda de discos antigos; trabalhadores de recolha do lixo e, inclusive, lobistas do petróleo, caso estejam envolvidos na defesa das questões ambientais! Uns artistas, não são?
Se não acreditam, podem ver e ouvir por vós mesmos:
Exemplar
Paulo Campos e o inquérito às PPP: "A responsabilidade da tutela é de dois ministérios. Eu sou um secretário de Estado que não tem a responsabilidade nem o poder que me vem atribuído".
RTP: a costumeira sabujice perante o Poder
RTP: INE confirma contração de 0,1 por cento do PIB no primeiro trimestre.
No corpo da notícia pode ler-se (itálico meu): "A contração do PIB foi bastante inferior à esperada nas estimativas do Governo e `troika`, que apontavam para uma queda de 1 por cento do PIB face ao trimestre anterior, ou seja, dez vezes superior à que se veio a verificar."
Hossana!
Ron Paul leva 200 delegados a Tampa
Impressionantes os resultados que a campanha de Ron Paul produziu: conseguiu eleger cerca de 200 delegados à convenção republicana, vinculados à sua candidatura, a que se somam outros 300 que, ainda que obrigatoriamente vinculados a Romney, são na realidade adeptos de Paul e das suas ideias políticas. Com um resultado desta envergadura e saindo Paul da cena política activa em 2013 (já anunciou que não se recandidatará ao Congresso), a disputa pelo seu legado será algo a seguir atentamente. O seu email de ontem aos seus apoiantes pré-anuncia-a:
I wanted you to get an update from me personally, since we have some great news!
Due to the smart planning of our campaign and the hard work and diligence of supporters like you, we stand to send nearly 200 bound delegates to the Republican National Convention in Tampa. This number shatters the predictions of the pundits and talking heads and shows the seriousness of our movement.
What's more, we will send several hundred additional supporters to Tampa who, while bound to Romney, believe in our ideas of liberty, constitutional government, and a common-sense foreign policy.
When it is all said and done, we will likely have as many as 500 supporters as delegates on the Convention floor. That is just over 20 percent!
And while this total is not enough to win the nomination, it puts us in a tremendous position to grow our movement and shape the future of the GOP!
I hope every one of you continues the fight we have advanced so well this year. I hope you will finish your local and state conventions, and, if you were selected as a national delegate, that you will head to Tampa in August to force the Republican Party to listen to the voice of liberty.
We have never had this kind of opportunity. There will be hundreds of your fellow supporters in Tampa who will be ready and willing to push the Republican Party back to its limited government, liberty roots.
There are many issues to fight for in Tampa. Also, candidates like Justin Amash, Kurt Bills, and Thomas Massie need your support as we move into the fall. Across the country, supporters of liberty have won local office and leadership positions in the GOP, and we need to keep working.
Our delegates’ presence must be felt both in Tampa and in years to come.
Stand up for what we believe in. Be respectful. And let the establishment know that we are the future of the Party and of the country.
Our Revolution is just getting started. You'll be hearing plenty from me as we approach Tampa and the fall elections. You'll also be hearing of important developments on Audit the Fed and Campaign for Liberty.
I hope you'll continue to stand with me as we go forward. Our Revolution could not have come this far without you.
For Liberty,
Ron Paul
quinta-feira, 7 de junho de 2012
A História contra o keynesianismo
Via facebook, 5 factos que irritarão o vosso professor de economia keynesiana:
- A não-tão-grande depressão de 1920-21 (em que a reacção da administração Harding passou pela forte diminuição da despesa e da dívida pública enquanto subiam as taxas de juro, ou seja, pela aplicação de forte austeridade no Estado);
- A inexistente depressão de 1946 (apesar da brutal redução da despesa federal em mais de 60%, finda a II Grande Guerra no ano anterior);
- Um estudo da Harvard Business School que evidencia que os estímulos governamentais prejudicam a economia;
- Os anos de 1870's em que se observou um forte crescimento económico e baixo desemprego em simultâneo a uma descida generalizada e prolongada dos preços (apesar da recessão de 1873);
- A estagflação dos anos 1970's onde, ao contrário do que a doutrina keynesiana sustentava, se verificou a ocorrência, em simultâneo, de altas taxas de desemprego e inflação.
quarta-feira, 6 de junho de 2012
Mais uma voltinha, mais uma viagem
Assevera o Sol que, de acordo com um estudo científico(!) agora divulgado, [a]final, o exercício físico não ajuda à depressão. Oh diacho!
A voz da lucidez e a História recente
está com Patrick J. Buchanan, em mais um artigo na American Conservative, sob o título Syria’s Insurrection Is Not America’s Fight (tradução minha):
Na defesa de uma intervenção militar dos EUA na Síria - promovendo o armamento dos insurgentes e usando o poder aéreo dos EUA para "criar zonas de segurança" para as forças anti-regime "no interior das fronteiras da Síria" -, o Washington Post invoca "interesses vitais dos EUA" que de algum modo estarão ameaçados.
Exactamente quais são esses interesses vitais é algo que fica por explicar.
Durante 40 anos, vivemos com um regime em Damasco liderado por Bashar Assad ou pelo seu pai, Hafez Assad. Terão estado os nossos "interesses vitais" em perigo durante todas as quatro décadas?
Em 1991, George H.W. Bush, recrutou o velho Assad para a coligação da Tempestade no Deserto que libertou o Kuwait. Damasco enviou 4 mil soldados. Em agradecimento, organizámos uma Conferência em Madrid para promover um acordo de "terra por paz" entre Assad e Israel.
Fracassou, mas poderia ter significado a devolução dos Montes Golan a Assad e o regresso da Síria à margem oriental do Mar da Galileia.
Conseguimos viver assim, mas não podemos conviver com Bashar?
Eis que surge a resposta: a razão é o massacre de Houla, onde mais de 100 sírios foram massacrados, a maioria mulheres e crianças, a atrocidade mais horrível numa guerra de 15 meses que já ceifou 10 mil vidas.
Nós, americanos, não podemos ficar de braços cruzados e deixar que isto aconteça.
Esse massacre foi realmente terrível e, aparentemente, foi obra de milícias a soldo do regime. Mas em 1982, o pai de Bashar levou a sua artilharia até os portões de Hama e, para esmagar uma insurreição pela Irmandade Muçulmana, bombardeou sem restrições a cidade até aos 20.000 mortos.
O que fez então a América? Nada.
Durante o Setembro Negro, em 1970, o rei Hussein da Jordânia usou a artilharia contra um acampamento palestiniano, matando milhares e provocando a fuga de outros milhares para o Líbano. Durante a guerra civil do Líbano, de 1975 a 1990, mais de 100.000 morreram. Na década de 1980, o Iraque lançou uma guerra contra o Irão que custou perto de um milhão de mortos.
Limitámo-nos a observar, contentes que os nossos inimigos se estivessem matando uns aos outros.
Pretensão do Conhecimento e Arrogância Fatal
«The curious task of economics is to demonstrate to men how little they really know about what they imagine they can design. To the naive mind that can conceive of order only as the product of deliberate arrangement, it may seem absurd that in complex conditions order, and adaptation to the unknown, can be achieved more effectively by decentralizing decisions and that a division of authority will actually extend the possibility of overall order. Yet that decentralization actually leads to more information being taken into account.»
F. A. Hayek, The Fatal Conceit
segunda-feira, 4 de junho de 2012
Axiomas da Geometria Política
Por Robert Higgs:
- Straight talk cannot get a politician from a current point A to the point B at which he really wishes to arrive.
- To extend a growth-of-government line, project it indefinitely in a line straight to hell.
- To describe how politicians approach the real solution to a social or economic problem, trace the circle described by a fixed radius of substantial length from the solution point.
- All right and left angles are morally equal to one another.
- Politics and morality are parallel lines and never meet.
- Democratic and Republican policies that are essentially equal to the same thing are also equal to one another.
- If equal amounts are added to the government’s debt by Republicans and Democrats, the increases in the debt are equally inconsistent with the general public interest (if any exists).
- If equal amounts of economic rationality are subtracted from economic policy, then the number of incumbents reelected to Congress is equal to the number reelected in the previous election.
- Politicians who coincide with one another, such as Republicans and Democrats who support “bipartisan” measures, are equally dishonorable.
- The whole of society is greater than the part that government officials can comprehend, and much greater than the part that they can manage for the attainment of a desirable end.
- The path of political evolution is spherical and expanding: any course of political events brings society back to the point at which it started, but upon its return, the problem has been made much worse.
- The shortest distance between a free society and a totalitarian society passes through war.
domingo, 3 de junho de 2012
Desta vez o tiro saíu pela culatra
Via James Delingpole, cheguei aqui: The more science you know, the less worried you are about climate, artigo assinado por Lewis Page. Confesso que me diverti. Ora vejam (minha tradução):
«Uma pesquisa financiada pelo governo dos EUA revelou que os americanos com maiores níveis de conhecimentos científicos e matemáticos são mais cépticos quanto aos perigos das alterações climáticas do que os seus concidadãos menos instruídos.E todavia, sucedeu isto (clicar na imagem para ver melhor):
Os resultados obtidos são especialmente notáveis dado que, claramente, não haveria a intenção de evidenciar tal coisa: pelo contrário, os investigadores que o levaram a cabo partiram da posição que o "consenso científico" (o contínuo e extremamente perigoso aquecimento global induzido pelo carbono) é um facto estabelecido, e que a prioridade reside agora em encontrar alguma maneira de levar os eleitores americanos a acreditar na necessidade de levar a cabo medidas urgentes, imediatas e maciças para reduzir as emissões de CO2.»
Aqui chegados - a resultados opostos aos esperados - houve que adequar o discurso. Em duas palavras: não vale a pena insistir em melhor ciência ou, pelo menos, em melhor a veicular à opinião pública. O que é preciso é aumentar os esforços em relações públicas, leia-se, em agit-prop alarmista.
sexta-feira, 1 de junho de 2012
Do crescimento que todos percebem como concretizar
reside a virtude destas declarações de Silvio Berlusconi:
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