quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A corrupção da ciência (5) [corrig.]

está bem espelhada no email 4195.txt (Climategate 2.0) que a seguir transcrevo (realces meus). Para um dos figurantes principais do alarmismo climático - Phil Jones - tudo se resume a tentar blindar, por quaisquer meios, uma tese que se esboroa perante the lack of warming: Mesmo que com isso, de forma totalmente despudorada, se confunda "clima" com "tempo"...
>From: Phil Jones [mailto:p.jones@uea.ac.uk]
>Sent: 05 January 2009 16:18
>To: Johns, Tim; Folland, Chris
>Cc: Smith, Doug; Johns, Tim
>Subject: Re: FW: Temperatures in 2009
>
>
> Tim, Chris,
>    I hope you're not right about the lack of warming lasting
> till about 2020. I'd rather hoped to see the earlier Met Office
> press release with Doug's paper that said something like -
> half the years to 2014 would exceed the warmest year currently on
> record, 1998!
>    Still a way to go before 2014.
>
> I seem to be getting an email a week from skeptics saying
> where's the warming gone. I know the warming is on the decadal
> scale, but it would be nice to wear their smug grins away.
>
>    Chris - I presume the Met Office
> continually monitor the weather forecasts.
> Maybe because I'm in my 50s, but the language used in the forecasts seems
> a bit over the top re the cold. Where I've been for the last 20
> days (in Norfolk)
> it doesn't seem to have been as cold as the forecasts.
>
>    I've just submitted a paper on the UHI for London - it is 1.6 deg
> C for the LWC.
> It comes out to 2.6 deg C for night-time minimums. The BBC forecasts has
> the countryside 5-6 deg C cooler than city centres on recent nights.
> The paper
> shows the UHI hasn't got any worse since 1901 (based on St James Park
> and Rothamsted).
>
> Cheers
> Phil
____________________________
UHI - Urban Heat Island

Nunca imaginei escrever (2)

mas, uma vez mais1, tenho que manifestar o meu acordo com o bastonário da Ordem dos Advogados, nas declarações que lhe são atribuídas pelo Diário Económico:
[Marinho Pinto ] [c]riticou ainda a Justiça ministrada por magistrados "com 26, 27, 28 ou 29 anos", sublinhando que lhes falta "experiência de vida e maturidade" para poderem ajuizar com rigor.

"Muitos nem sequer namoram, como podem, por exemplo, entender um divórcio?", questionou
Confesso que gostaria de ter escrito estas linhas que correspondem exactamente ao que há muito penso sobre esta matéria.
__________
1É certo que, como a Julie D'Aiglemont já se referia aqui, que "[a]té um relógio parado acer[t]a 2 vezes por dia nas horas".

Este país não é para jovens (3)

Não é novidade mas nunca é demais perceber por que razão são os jovens os mais atingidos (ver, por exemplo, aqui e aqui) pelas políticas de "protecção" ao emprego do estado social: salário mínimo, escolaridade obrigatória, regime de estágios e mais mil e um regulamentos. O resultado é este:

Via EPJ

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Seria difícil fazer melhor

Como?

Miguel Relvas: Qualidade da RTP "dá muito medo à concorrência"

Passou-lhe depressa

Mota Soares substitui Vespa por carro de 86 mil.

Da natureza do Estado

Ministro vai controlar câmaras de vigilância nas ruas, no DN (meus realces):
"A nova lei foi aprovada em Conselho de Ministros no dia 9 deste mês - o mesmo dia em que o texto chegou à Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD), com pedido de parecer, apurou o DN. Os entraves burocráticos à generalização da videovigilância parecem assim ultrapassados, passando a CNPD a ser consultada para avaliar a "conformidade técnica" dos projectos [!], mantendo a competência de controlar, guardar e destruir os dados recolhidos."

Inutilidades dispendiosas

Diogo Feio propõe criação de Agência Europeia de Dívida

Sting - Englishman In New York

domingo, 27 de novembro de 2011

Espécies ameaçadas


Por Michael Ramirez

O início do fado do Fado

Estou longe de ser um amante e muito menos conhecedor, do Fado que - é oficial - foi hoje reconhecido, com uma espécie de "selo de qualidade"(!?), como património imaterial da humanidade. Como acontece relativamente a qualquer género musical, há coisas no fado que gosto e outras que me são indiferentes (ou que detesto). Sucede que com o fado há talvez a possibilidade de localizar no tempo, e no "espaço", o tal "lançamento dos dados" que marcou o início da sua mundialização, hoje oficialmente consagrada. Refiro-me ao filme de Henry Verneuil, "Les Amants du Tage"(1955), e ao facto de o realizador - é a própria Amália Rodrigues que o relembra - ter ouvido a (belíssima) canção "Barco Negro" previamente, ter gostado dela e resolvido incluí-la no filme. Poucos anos depois, Amália cantava no Olympia.


Letra:

Um poderoso apelo à Liberdade

Todas as semanas, no seu programa televisivo "Freedom Watch", o juíz Andrew Napolitano, em cada intervenção sob o mote "Toda a verdade" (The Plain Truth),  pergunta à sua audiência, incitando-a a reflectir: «Does the government work for us or do we work for the government?». O programa que passou no dia 24 de Novembro passado, que só agora vi (via Karen de Coster), constitui um dos mais pujantes hinos à Liberdade que tenho conhecimento.

Obrigatório ver. E reflectir.

A ascensão de Cavaco ao céu

por Vasco Pulido Valente, no Público de hoje:
O sr. doutor Cavaco Silva, professor de finanças, que, na sua primeira campanha para a Presidência, prometeu um Portugal próspero e moderno, nada fez desgraçadamente no seu primeiro mandato para, pelo menos, garantir que Portugal não acabava na miséria. Ao contrário do frenesim em que anda hoje, quase só saiu de Belém para cerimónias sem utilidade ou sentido e não abriu a boca para avisar o país do sarilho em que se estava a meter. O exímio professor de finanças, que presumivelmente não ignorava a dimensão do défice e da dívida, não preveniu o público do que se passava, nem das desgraças que daí lhe podiam vir. Havia uma boa razão para isso. O doutor Cavaco queria, em primeiro lugar, ser reeleito para Belém e não lhe convinha perder um único voto à esquerda ou à direita.
Mas depois, livre de eleições, resolveu meter a colher na sopa. Talvez seja bom perceber o que lhe interessa. Em primeiro lugar, ele gostava de sair da política com a reputação de ser um homem ecuménico, estimado e respeitado pela maioria dos portugueses. Em segundo lugar, como agora se vê, pretende adquirir uma autoridade na "Europa" que não o reduza indefinidamente às dimensões de um político de província. Se hoje o ouvimos preopinar constantemente sobre a intolerável existência do "directório" Merkel-Sarkozy, sobre o papel passivo do BCE, ou sobre eurobonds, a razão não é outra. Cavaco tenta sobressair e, com alguma sorte, apesar da insignificância de Portugal, ascender ao estatuto de consciência e mestre da "Europa". A sua vertiginosa vaidade precisa de consolo.

De resto, para pôr as coisas no seu devido pé, o prof. Cavaco não hesitou em repreender Merkel e Passos Coelho pelo seu desconhecimento em economia e finanças. Segundo ele, não existe o menos risco em transformar o BCE num lender of last resort, como os bancos centrais da América, da Inglaterra ou do Japão. Quem por aí se angustia, ou se assusta, com o espectro da inflação, jura ele, só consegue revelar a sua lamentável ignorância dos princípios básicos da teoria monetária. O doutor Cavaco com certeza não notou ainda que a América, a Inglaterra e o Japão têm uma moeda própria e que a "zona euro" não tem; e que dois terços da Alemanha se recusam a financiar o exercício de misericórdia que ele aconselha ao BCE. Mas para quê perder tempo em pormenores? Cavaco é grande.
_______________
Nota: ao ler Pulido Valente, lembrei-me de ter escrito isto.

Do empobrecimento dos pobres

No Blasfémias, João Miranda e rui a. glosam o discurso - hoje com muitos adeptos entre nós -, relativo ao trajecto de "empobrecimento" que supostamente vimos prosseguindo chamando a atenção para o que, em circunstâncias normais, seria óbvio: viver a expensas de terceiros, anos a fio, não enriquece ninguém pelo que não pode decorrer nenhum empobrecimento do simples facto de se ter esgotado a disposição (ou a capacidade) do financiador em continuar emprestando o seu dinheiro.

Too Big Not to Fail: Imperial Governments from Moscow to Washington

"Only human freedom is the source of prosperity", remata Yuri N. Maltsev no fim de mais uma riquíssima e bem humorada palestra em que denuncia veementemente o edifício socialista em que ele próprio viveu.

sábado, 26 de novembro de 2011

O boom de empregos não-verdes

é o título deste artigo do Wall Street Journal, de hoje, onde se aborda a inutilidade, obscenamente dispendiosa, com que os governos pretendem dirigir, antecipando, o curso da Tecnologia e da Economia e, naturalmente, da História, exercitando aquela máxima de que os "homens de estado" tanto reclamam: "a sobreposição da Política aos mercados". Um excerto:
So President Obama was right all along. Domestic energy production really is a path to prosperity and new job creation. His mistake was predicting that those new jobs would be "green," when the real employment boom is taking place in oil and gas.
(...)
The ironies here are richer than the shale deposits in North Dakota's Bakken formation. While Washington has tried to force-feed renewable energy with tens of billions in special subsidies, oil and gas production has boomed thanks to private investment. And while renewable technology breakthroughs never seem to arrive, horizontal drilling and hydraulic fracturing have revolutionized oil and gas extraction—with no Energy Department loan guarantees needed.
(...)

Ry Cooder - Paris, Texas

Será assim tão difícil de perceber? (4)

«There are always lawyers smarter than the laws. That's why laws should be limited to protecting private property and not harming anyone else. Lawyers will find there way around everything else.»

Nick Cave - Into My Arms

Letra:

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Parece que vem aí o Apocalipse

É a opinião de Ferreira Machado e também de Miguel Beleza na SICN, se Portugal sair do euro ou se o mesmo implodir. Será mesmo?

Sem mais comentários


Ramalho Eanes escolheu o dia de hoje para se pronunciar sobre o tema, não propriamente inovador, "Portugal, que futuro?", de resto com fortes conotações soaristas. Segundo o DN, o general terá afirmado aos jornalistas que "[h]á que cumprir escrupulosa e competentemente o acordo [com a troika], há que adquirir confiabilidade, e depois há que renegociar determinadas condições" (...) "de tal maneira que seja possível haver condições que permitam crescer". Ainda segundo o DN, Ramalho Eanes escusou-se a adiantar pormenores "técnicos" quanto ao conteúdo da renegociação que defende adiantando, não obstante, que essas condições deverão serão tais "que nos permitam satisfazer o que são as exigências em matéria de défice, mas que nos permitam estimular a economia e ter crescimento, porque obviamente sem crescimento teremos mais desemprego, menos impostos, e uma situação que não vai melhorar como todos desejamos".

Por respeito ao homem que teve uma participação relevante no fim da espiral totalitária de que fomos vítimas em 1974-1975, ao candidato presidencial que apoiei em 1976 (e aos sopapos correlativos que levei na altura) e até mesmo ao candidato que voltei a apoiar em 1980, embora sucumbindo à chantagem anti-fascista que à época ainda subsistia fortemente, abstenho-me de comentários adicionais.

Não acreditar em nada até que seja oficialmente desmentido

Partido de Rajoy "desmente absolutamente" que Espanha esteja a ponderar pedir ajuda

Igual a si próprio

Sampaio: "Afinal de contas tinha razão quando disse que há mas vida além do Orçamento"

O dr. Cunhal, também foi repetidamente incensado por variadíssimas luminárias, da direita à esquerda, pela sua suposta coerência, pelos vistos um quasi supremo valor em si mesmo. Idiotas.

Vai por aí um clamor de indignação


Cavaco Silva, no Verão de 2010, em plena crise alucinatória contra as agências de rating, disse o óbvio: «[q]uando o país não precisar de pedir dinheiro no estrangeiro não temos que nos preocupar com agências de rating ou outras pressões».

Mutatis mutandis, posso afirmar com a plena certeza: não poderá existir um "agiota" contente com inexistentes pedidos de empréstimos. É pois simples resolver o problema. Até lá, talvez valha a pena compreender o que leva a esta afirmação:
«Os juros compostos são a oitava maravilha do mundo moderno.»
Albert Einstein
A este propósito - a mecânica dos juros compostos - este vídeo parece-me muito instrutivo.

Em fila de espera

Para além da tabela dos 10+ (credit default swaps [CDS] a 5 anos relativamente à dívida pública), mais ou menos constante nos últimos 15 dias, não menos importante é seguir o que se passa mais para baixo desta tétrica classificação. Veja-se a marcada deterioração da posição da Bélgica, mas também a posição mais difícil da Áustria (e da Alemanha...) face há quinze dias atrás.


1984 em 2011

Imagem retirada daqui

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Mark Knopfler - Romeo and Juliet


Letra:

Demência politicamente correcta

Cada coche eléctrico vendido cuesta ya 230.000 euros a los españoles

A impossibilidade de um euro norte-sul

The Economist é, reconheça-se, talvez inultrapassável na qualidade dos gráficos que publica. O que segue, é bem prova disso.

Rostos do eterno envelhecimento

Um datacenter a sério

tem este aspecto:

microsoft cloud computing, cloud based hub, computing, it, storing data, information technology, virtualisation, hybrid cloud infrastructure
Foto do Telegraph

Frase do dia (18)

"Institutions will try to preserve the problem to which they are the solution."
-- Clay Shirky

Vem mesmo a calhar para o dia de hoje (2)

Portugal's Rating Cut To 'Junk' By China's Dagong.

Oh diabo! Lá se vai a teoria da conspiração (franco-americana) das Três Irmãs!

Vem mesmo a calhar para o dia de hoje

Fitch corta 'rating' de Portugal para 'lixo'.

Edith Piaf - La Foule

Dancemos!

Letra:

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Desacreditando os Krugmans deste mundo

Com o devido respeito e salvaguardadas as devidas (e gigantescas) distâncias, revejo-me, na minha experiência de vida, com tudo o que Jim Rogers diz no vídeo. Nomeadamente, a total e espantosa inutilidade do que estão a ensinar à minha filha, universitária, na cadeira de Macroeconomia, por sinal exactamente o mesmo que fizeram ao pai no seu tempo.

Empreendorismo e tecnologia vs regulação

O que os estatistas de estirpes várias não entendem - ou recusam entender - é o carácter dinâmico das economias decorrente da acção combinada entre a acção dos empreendedores e as oportunidades que as evoluções tecnológicas proporcionam. Esse dinamismo será tanto mais acentuado quanto menor for a influência dos governos e agências estatais. Repare-se neste gráfico que evidencia os extraordinários progressos na eficiência energética nas máquinas de lavar roupa e pratos em 20 anos. Imaginem o gigantismo dos subsídios não concedidos que teriam sido necessários para conseguir obter o mesmo efeito, por exemplo, nas reduções de CO2!

Clique na imagem para ampliar

Cada vez que oiço ou leio

que é preciso que "a Política se sobreponha aos mercados", ocorre-me imaginar a figura que alguém faria se reclamasse sobrepor alguma coisa às leis da gravidade. Talvez algo como isto:

Imagem retirada daqui

Triste

mas, devo dizer, não inesperada a participação de Medeiros Ferreira nesta manifesta inanidade. Quanto aos restantes signatários, não há surpresa alguma.

Bem-haja, Garganta Funda!

Por Henry Paine

Nem todas as mobilidades são iguais

E o "Zé que faz falta" lá levou a sua avante, com a preciosa ajuda do presidente Costa (PSD e CDS votaram contra), que fez valer o seu voto de qualidade, face ao empate verificado na votação em que se decidiu levar por diante o concurso. Quem também não achou piada à proposta do "Zé" foi Fernando Nunes da Silva, nominalmente vereador com o pelouro da Mobilidade mas que, na realidade, exclui a mobilidade "eléctrica", esta a cargo do "Zé"...

Amanhã, o quintal

vai estar aberto como habitualmente.


Aliás, puxando pela memória, só me recordo de ter aderido a uma greve no liceu. Foi divertido rubricar o livro de ponto que o piquete, de que fazia parte, tomou posse, in situ.

O problema não está na mensagem, mas no mensageiro

Attacks on climate scientists are the real 'climategate'

Johnny Cash & Joe Strummer - Redemption Song

Letra:

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Climategate 2.0, sem sombra de dúvida!

Os excertos de emails que Anthony Watts apresenta, de forma ordenada, são já arrasadores para os gatekeepers do aquecimento global. Shame on them!


O paraíso fiscal das eólicas offshore na Holanda

traduz-se por um subsídio anual de 4,5 mil milhões de euros aos produtores ou seja, cerca de 280 euros/ano por cada um dos 16 milhões de holandeses! Para além da gigantesca magnitude deste valor (equivalente a mais de 2.5% do PIB português), será interessante saber que o subsídio concedido às eólicas offshore, por kilowatt/hora produzido (18 cêntimos/euro), é mais do dobro(!) da tarifa média ao consumidor final nos EUA (8 cêntimos/euro).

Agora que também o orçamento do estado holandês começa a estar sob pressão, a "saída" vai ser a usual: aumentar a factura da electricidade junto ao consumidor final, transferindo o encargo que o contribuinte até aí suportava. E é esta, supostamente, uma tecnologia "eficiente" e "competitiva" na produção de electricidade. O que seria se não o fosse!

Oficial: Ron Paul é mainstream (2)

48 depois, há perguntas que permanecem

Foi em 22 de Novembro de 1963:


Via TBP

Climategate 2.0?

Fresh round of hacked climate science emails leaked online, no Guardian.

Um lampejo de sanidade

Incentivo à aquisição de carros eléctricos pode ser eliminado.

Um problema com uma solução muito simples

Problema: Gestores 'fogem' do sector público

Solução: privatizem-se e extingam-se os "objectos" de gestão.

Tem dias

Pais do Amaral pede ao Governo decisão definitiva sobre RTP
"Considero que o Governo antes de comunicar todas as semanas uma solução diferente devia decidir, de uma vez por todas", indicou o presidente do conselho de administração da Media Capital, Miguel Pais do Amaral, num comunicado divulgado na segunda-feira à noite."

Portugal provisório, quando não definitivo

Não posso dizer que tenha ficado surpreendido ao ler, no i, que Dois mil novos médicos fazem hoje prova “medíocre”, embora a razão de ser do adjectivo não ser aquela que estava à espera:
"O exame de 100 questões de escolha múltipla foi instituído depois do 25 de Abril como “solução temporária” para a colocação dos médicos, explicou ao i Nuno Sousa, director do Curso de Medicina da Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho. Desde então, a chamada Prova Nacional de Seriação mantém-se, embora seja consensual que não serve os propósitos para que foi criada."
Eis uma excelente caracterização, em meia dúzia de linhas, do Estado português. Sem querer passar por passadista recordo-me, entre mil outros exemplos, a inauguração do viaduto rodoviário "provisório" de Alcântara, em 31 de Março de 1972, ao tempo em que Santos e Castro era o presidente da câmara municipal de Lisboa:
Foto retirada daqui (Arquivo Municipal de Lisboa)
Mas suponho que já alguém se teria anteriormente dedicado a este fenómeno quando inventou as famosíssimas marcas que aqui evoco (um pouco em memória, ainda que sem saudosismo, do tempo em que eu era um grande fumador e que, quando o dinheiro "apertava", tinha de optar por uma alternativa ao SG Filtro...):

Zona Verde

Deambulando pela blogosfera, reparo que Henrique Raposo ilustra a "trapalhada" no Iraque (a coisa foi e é, em minha opinião, bem mais grave que uma mera trapalhada...) com uma referência ao filme "Zona Verde" cujo principal intérprete é Matt Damon. Sucede que vi o filme, pelo canto do olho, no Domingo passado, na televisão. Matt Damon, talvez esgotado pelos sucessivos Bourne, está um autêntico canastrão num filme que, também ele, devia ser cinematograficamente encanastrado. Porém, a afanosa procura(?), a que se resume o argumento, das "Armas de Destruição Maciça", baseada em anteriores "relatórios"/"denúncias" falsificados, estando obviamente condenada ao fracasso, constitui um quadro em tudo semelhante àquele que se anuncia com o novo rufar de tambores desta vez contra o Irão. Deste modo, o filme, por muito mau que seja (e é), não deixa de ter utilidade didáctica. Que assim tenha sucedido a quem o tenha visto ou ainda o venha a visionar.

Good cop/bad cop

Um dos truques mais velhos do mundo.

Governo decide acabar com publicidade na RTP.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

O mercado de rins: a razão moral

«O Prof. James Stacey Taylor sustenta que, havendo livre vontade entre adultos conscientes, a compra e venda de rins deve ser permitida. E ao invés de enumerar argumentos teóricos complexos para sustentar este ponto de vista, mais valerá olhar para as histórias humanas para concluir por que deve o mercado de rins ser permitido. Peter Randall, por exemplo, tornou-se famoso, em 2003, por ter posto um dos seus rins à venda no eBay. Procurava desse modo angariar fundos para o tratamento da sua filha de seis anos de idade, Alice, que sofria de paralisia cerebral.

Um mercado de rins permitiria a pessoas como Peter vender o seu rim legalmente e em condições de segurança. Por outro lado, um mercado de rins permitiria aos directamente interessados comprar um rim e assim ultrapassar o sofrimento causado pela diálise.

Alguns poderão aceitar os argumentos precedentes mas sentem que o dom da vida é demasiado precioso para que se lhe fixe um preço. No entanto, quando os rins são ilegais, como agora sucede nos Estados Unidos, todos  os envolvidos numa operação de transplante são pagos, à excepção do doador do rim. Segundo o Prof. Taylor, tal indica algo de errado. A venda de rins deve ser permitida, assim como a venda de todos os outros produtos e serviços médicos. Proibir a venda de rins significa que pessoas como a Alice não receberão o tratamento de que necessitam para além de também assegurar que milhares de pessoas irão sofrer com a diálise incapacitante.»

EUA: perspectivas pós-eleitorais

Printing Will Commence Post-Election, no FMX Connect


Com uma importante ressalva: que Ron Paul não ganhe a nomeação pelos republicanos...

Sem surpresa (3)

Para quem tem acompanhado bonecos como este ou este, a notícia não pode trazer novidades:

União Europeia recebeu pedido de ajuda da Hungria.

Uma troca com muito que se lhe diga

Segundo o Público (link não disponível), o "Zé que faz falta", se bem se recordam ainda vereador da Câmara Municipal de Lisboa, a propósito de uma proposta de aluguer de 70 carros eléctricos, a cinco anos, pela quantia - módica - de 3,2 milhões de euros, com isto substituindo 118 veículos a gasóleo, acha que não "devemos olhar só para a perspectiva financeira".

Público, 21-11-2011
Ao que parece, o "Zé" elenca entre os argumentos que atestam a bondade da iniciativa, a eliminação anual de 269 toneladas de emissões de CO2 e uma "poupança", também anual, de 159.560 euros em consumos (note-se a exactidão, o rigor...). Claro que a aritmética [(3.200.000 € / 70 carros) / (12 meses X 5 anos)] dá a incomodativa quantia unitária (por veículo) de 761,90 euros mensais, sensivelmente o preço de renting de um BMW série 5 / Mercedes classe E / Audi A5, etc., com muitos extras. Não admira pois que o "estudo económico" subjacente à proposta se resuma à (politicamente correcta) fixação das ponderações das componentes "financeira" e "ambiental" do projecto que - já me esquecia - é caracterizado como de investimento!

domingo, 20 de novembro de 2011

Eric Clapton - I Shot the Sheriff


Letra:

Estado omnipotente

É um atrevimento da minha parte ousar traduzir Ludwig von Mises. Mas, no dia em que os nossos vizinhos se livraram de um governo que se caracterizou pela destruição da riqueza (material e, sobretudo, moral), cabe recordar que os problemas de hoje têm as suas raízes no triunfante esquerdismo jacobino, marxista, comunista e socialista (com ou sem "rosto humano") e no seu ódio profundo ao capitalismo e, por essa via, à liberdade.
«Os governos e parlamentos europeus têm sido pródigos, por mais de 60 anos, em impedir o funcionamento do mercado, em interferir com as empresas e em mutilar o capitalismo. Jovialmente, ignoraram as advertências dos economistas1. Erigiram barreiras ao comércio, promoveram a expansão do crédito e uma política de dinheiro fácil, recorreram ao controlo de preços, à fixação de salários mínimos e aos subsídios. Transformaram a tributação em confisco e expropriação proclamando a despesa negligente como o melhor método para aumentar a riqueza e o bem-estar. Mas quando as inevitáveis consequências de tais políticas, de há muito previstas pelos economistas, se tornaram cada vez mais evidentes, a opinião pública não culpou essas acarinhadas políticas; pelo contrário, indiciou o capitalismo. Aos olhos do público, não foram as políticas públicas anticapitalistas mas sim o capitalismo que foi apontado como a causa raiz da depressão económica, do desemprego, da inflação e do aumento dos preços, da monopólio e do desperdício, da social agitação e da guerra.»

Ludwig von Mises, Omnipotent Government (PDF), 1944
1 - Mises refere-se à era pré-keynesiana. Note-se que o livro é escrito em 1944.

Até ao fim, o despilfarro e a propaganda

El Gobierno gasta otros 49 millones para subvencionar el coche eléctrico en 2012.

Duas soluções para quaisquer problemas

A síntese de Robert Wenzel:
To a Keynesian there are only two answers to any problem, government spending and central bank money printing.

Frase do dia (17)

«Only two things are infinite, the universe and human stupidity, and I am not sure about the universe.»
Albert Einstein

A política energética de Obama numa só imagem

A propósito da recente não-decisão de Obama quanto à construção de um novo pipeline (Keystone)

Por Michael Ramirez

O legado

5 700 000 desempregados

Uma no cravo, outras nem na ferradura

“Europeísta convicto”, Soares admite que Portugal, desde a adesão à então CEE, “habituou-se a viver acima dos seus recursos”.

Portugal está a ser “a terceira vítima da ganância dos mercados especulativos e da audácia criminosa das agências de rating”.

A crise - escreve ainda Soares - “só pode agravar-se” quando se chega “a uma situação tão estranha”, em que “os mercados comandam os Estados ditos soberanos - em vez de ser o contrário”.

Ron Paul: a defesa, sem compromisso, da Liberdade


Debate "Thanksgiving Family Forum", 19-11-2011

2021: A Nova Europa

Niall Ferguson, o prolífico economista e historiador que gosta de exercitar a História-que-não-existiu-mas-podia-ter-existido, também designada por virtual ou contrafactual (por exemplo, com este livro), envereda neste artigo (de onde roubei o título do post) por um exercício de História do Futuro, nomeadamente do continente europeu, dos Estados Unidos da Europa (com capital em Viena onde reside o Presidente Europeu, Karl von Habsburg), da Liga Nórdica e do Reino ReUnido. Como sempre sucede com Ferguson, estimulante. 


Esperança no reino isabelino

Depois de se ver ameaçada pela pobreza energética (fuel poverty), a família real, pela voz do Príncipe Filipe, Duque de Edimburgo, veio apodar os parques eólicos que proliferam pelas paisagens britânicas, de "absolutamente inúteis" (Telegraph) e de "dependerem totalmente dos subsídios estatais" para a sua operação. Enfim, nada que os menos distraídos, ou não sujeitos à teocracia ecotópica, não se tivessem já apercebido.

Peggy Lee - Fever

Eterna!

Letra:

sábado, 19 de novembro de 2011

Agora também em português


a tradução de "The Tragedy Of The Euro" (PDF em inglês), por Philipp Bagus, de que já por várias vezes falei aqui. A apresentação do livro e do autor é, improvavelmente, assinada por João Ferreira do Amaral. Em qualquer língua, trata-se de uma leitura imprescindível.

Frase do dia (16)

“Capitalism without bankruptcy is like Christianity without hell.”

Frank Borman

A diferença entre a Constituição dos EUA e a da União Europeia (Tratado de Lisboa)

Por Daniel Hannan:

9 em cada 10 estrelas (2)

Espraiando a sua incomensurável vaidade e não menor domínio em matérias económicas, Carrilho recorre à técnica das 9 em cada 10 estrelas (realces meus):
J. M. Keynes
É incompreensível(...) que Pedro Passos Coelho tenha proferido as confusas, inexactas e sobretudo contraproducentes declarações que fez sobre a "missão" do Banco Central Europeu, porque a Europa precisa de facto que o BCE passe a actuar como um banco central normal, que tenha em conta o interesse de todos os europeus e não apenas os traumas históricos da Alemanha.
Só este passo - defendido por consagrados economistas como, por exemplo, P. Krugman1, J. P. Fitoussi2, P. de G[r]auwe3, B. Eichengreen4, O. Blanchard5, C. Wyplosz6, K. Rogoff7, J. Attali8 ou J. Sachs9 - tornará viáveis e eficazes as outras medidas já decididas, nomeadamente o "pacote legislativo" e o "semestre europeu", e permitirá abrir espaço para a definição de uma nova estratégia global, económica e política, da Europa no mundo. De uma estratégia que esteja à altura de uma União Europeia que ainda tem o PIB mais elevado do mundo (quase triplo do chinês) e continua a ser a primeira potência comercial do planeta. Se não for agora, será quando?

Manuel Maria Carrilho, "Sem plano, não vamos lá", 17-11-2011
___________________
Notas:
1 - Falando de Paul Krugman, mais palavras para quê?
2 - Jean Paul Fitoussi - Um título de um trabalho só por si suficiente para situar o autor - "Sustainability, income distribution, and natural resources: The two social crises".
3 - Paul de Grauwe - O seu axioma central é que o "Capitalism is characterized by booms and busts."
4 - Barry Eichengreen - Segundo Ben Bernanke (ver Wikipedia), a tese de B. Eichgreen é que "[A] causa próxima da Grande Depressão se ficou a dever ao estruturalmente mal desenhado e pior gerido [sistema monetário conhecido por] padrão-ouro..."
5 - Oliver Blanchard - Actual economista-chefe do FMI. Mais um neo-keynesiano.
6 - Charles Wyplosz - Como em Maio de 2010 o próprio BCE violou os tratados [ao adquirir títulos da dívida soberana grega] [escreve Wyplosz na sua carta aberta ao presidente do Bundesbank] mais vale prosseguir na violação da lei do que "esperar" pela implosão da união.
7 - Keneth Rogoff - Um assumido neo-keynesiano que não nutre grandes simpatias pelas tiradas do Sumo Sacerdote, Krugman.
8 - Jacques Attali - Por exemplo: "[e]uropean leaders must act quickly. They should convene a new eurozone summit, which will finally take the necessary steps toward a federal Europe. And, until this comes into force after a vote by national parliaments the leaders should grant the ECB all powers including less orthodox ones, to defend the value of the euro and the liquidity of the banking system with whatever is at its disposal."
9 - Jeffrey Sachs - Recorrendo à Wikipedia, notamos que Sachs se notabilizou, nos últimos anos nas áreas de "climate change, disease control, and globalization, and is one of the world's leading experts on sustainable development."

A ciência NUNCA está estabelecida (4)

Neutrinos voltam a ultrapassar a velocidade da luz.

A punção renovável em Espanha

Manuel Fernández Ordóñez, doutor em física nuclear, escreve em "¿Recortes sociales? Sí, para poner renovables". Uma história de horror nos nossos vizinhos, que também é nossa. Cortesia de Zapatero e Sócrates. Um excerto (tradução minha):
(...) [O] governo que nos deixará depois de amanhã subiu o IVA de 16% para 18% para arrecadar 5.000 milhões em dois anos, enquanto nesses dois anos pagará muito mais que 10 mil milhões em subsídios à produção [de electricidade] em regime especial. Esse mesmo Governo diminuiu em 2010 os salários dos polícias, bombeiros, pessoal médico e demais funcionários para economizar 4.000 milhões de euros, enquanto retirava 5.300 milhões dos nossos bolsos às energias renováveis. Congelou as pensões para poupar 1.500 milhões de euros, enquanto pagou 2.800 milhões em subsídios à energia solar. Retirou o cheque-bebé para economizar outros 1.500 milhões de euros, enquanto pagava 2.000 milhões em subsídios para a energia eólica. Em última análise, os maiores cortes sociais de que há memória em democracia para poupar apenas 7.000 milhões de euros em dois anos, enquanto atribuirá uma quantia muito mais elevada aos produtores de energias renováveis​​(...) Nada disto, absolutamente nenhum desses cortes teria sido necessário se tivessem sido reduzidos drasticamente os subsídios às energias em regime de produção especial. Atrever-se-á o próximo governo resultante do próximo dia 20 de Novembro, qualquer que seja, a fazer algo a este respeito?
Permito-me acrescentar: atrever-se-á o nosso governo a fazer algo a este respeito?

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A sucessiva derrota das teses de Malthus

e dos seus modernos seguidores como John P. Holdren1, o actual "czar" para a Ciência do presidente Obama:



- Holdren que, em conjunto com Paul Ehrlich e Anne Ehrlich, condensaram a sua filosofia anti-crescimento numa equação matemática, I = PAT, onde um impacto ambiental negativo [I] estava ligado a qualquer combinação de crescimento populacional [P], níveis de vida crescentes [A] e melhor tecnologia [T]. Este "prognóstico sombrio" requereria :
"uma acção evasiva organizada: controlo populacional, limitação do consumo de recursos materiais, redistribuição da riqueza, transições para tecnologias que sejam ambientalmente e socialmente menos perturbadoras que as de hoje, e movimento em direcção a algum tipo de governo mundial."

Paul Ehrlich, Anne Ehrlich, and John Holdren, Ecoscience: Population, Resources, and Environment (1977), p. 954.

Conheço este fenómeno de muito perto há muitos anos

No Diário Económico (chamado à atenção pelo Contra-facção, itálico meu):

"Questionado sobre a recomendação da 'troika', em que aconselha o sector privado também a cortar salários, a resposta do presidente executivo da Galp foi directa: "Preferia que fossem criadas condições para aumentar a produtividade", já que, quando os trabalhadores passam a efectivos, "mudam de comportamento" e "essa é a doença que nós temos no mercado de trabalho".

Blitzkrieg e dívida soberana

Via TBP, BOND BLITZKREIG. Um excerto:

The spread between German 10 Year Bonds and the Italian and French 10 Year Bonds continues to widen. The solution of politicians and bankers – PRINT MORE PAPER CURRENCY.

Do not be confused by the day to day gyrations and propaganda spewed by those in control. Every country will choose to print their way out of their debt dilemma.

The only way to not be wiped out when this all blows up in a huge worldwide conflagaration of hyperinflation is to own hard assets. Take advantage of sell-offs in gold and silver to accumulate more.

Entretanto, num país que tínhamos por democrático

está a acontecer ("The Government’s carbon cops are censors, too") à liberdade de expressão, na sequência da decisão do governo australiano de criar um imposto sobre emissões de CO2, isto (realces meus):
Now that the carbon tax has passed through [Australian] federal parliament, the government’s clean-up brigade is getting into the swing by trying to erase any dissent against the jobs-destroying legislation.

On cue comes the Australian Competition and Consumer Commission [ACCC], which this week issued warnings to businesses that they will face whopping fines of up to $1.1m if they blame the carbon tax for price rises.

It says it has been “directed by the Australian government to undertake a compliance and enforcement role in relation to claims made about the impact of a carbon price.”

There will be 23 carbon cops roaming the streets doing snap audits of businesses that “choose to link your price increases to a carbon price”.

Instead, the ACCC suggests you tell customers you’ve raised prices because “the overall cost of running (your) business has increased”.

Via Coyote

O regresso da moral e dos bons costumes


Por Plantu (via NoPassarán!)

Uma excelente pergunta

A que Ricardo Arroja coloca.

E Presto!


Público: "Soares, que foi também deputado europeu, considerou que ninguém pode ter certezas sobre o futuro da Europa, mas sugeriu que alguns dos problemas ficariam resolvidos se o BCE passasse a emitir moeda. “O dinheiro circulava e não havia problema nenhum”, reforçou."

Sabem o que é um Estado policial? (2)

É isto: Maioria alarga crime de enriquecimento ilícito a todos os cidadãos.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Acordando do torpor e do engano

El euro, nuestra mosca cojonera, por Juan Ramón Rallo. Um excerto (minha tradução):
«A quase universal antipatia que o euro está despertando devido à explosão das taxas de juro sobre a dívida soberana dos países menos responsáveis e solventes, apenas comprova uma coisa: que as nossas sociedades preferem viver enganadas. Afinal de contas, a moeda única não cria problemas, revela-as: revela-nos, qual Grilo Falante insolente, que padecemos de um mercado de trabalho totalmente inflexível, de um mercado da energia com custos inflacionados devidos às ajudas para as energias renováveis, de regulamentos e burocracia concebidas para impedir a criação de novas empresas e, acima de tudo, de um Estado de bem-estar hipertrofiado que não podemos pagar senão à custa da asfixia tributária da classe média.»

Nigel Farage: o desastre do euro explicado

Porquê o ouro? (7)

O Finantial Times já faz caixa com o tema. A coisa é mesmo séria.

Será assim tão difícil de perceber? (3)

Belmiro: "Aumento do IRC é convite para deslocação de empresas para o exterior"

Portugal quebra mais um recorde

Em 2012, tomando em linha de conta a paridade do poder de compra, o custo da electricidade no sector doméstico em Portugal será o mais elevado no espaço da União Europeia. É este o recorde que iremos quebrar, segundo o próprio secretário de estado da Energia (Diário Económico), no ano que vem. Com os cumprimentos dos compadres eólicos, fotovoltaicos e de co-geração e, particularmente, de quem subscrevu os respectivos contratos quando exercia funções públicas.

Steppenwolf - Born to be wild

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Prontos! Está tudo esclarecido!

Via Coyote, Naomi Klein, em "Capitalism vs. the Climate", põe tudo em pratos limpos como talvez nunca tenha lido por parte de um[a] progressist@. Um excerto:
The deniers did not decide that climate change is a left-wing conspiracy by uncovering some covert socialist plot. They arrived at this analysis by taking a hard look at what it would take to lower global emissions as drastically and as rapidly as climate science demands. They have concluded that this can be done only by radically reordering our economic and political systems in ways antithetical to their “free market” belief system. As British blogger and Heartland regular James Delingpole has pointed out, “Modern environmentalism successfully advances many of the causes dear to the left: redistribution of wealth, higher taxes, greater government intervention, regulation.” Heartland’s Bast puts it even more bluntly: For the left, “Climate change is the perfect thing…. It’s the reason why we should do everything [the left] wanted to do anyway.”

Here’s my inconvenient truth: they aren’t wrong.

Um edifício centenário que está a ruir (2)


Em Fevereiro último, escrevi por aqui que havia/há [u]m edifício centenário que est[ava]á a ruir. Referia-me à revista cujo logo encima este post. Explicava então que a adesão, a meu ver sem critério e ao sabor de mero critério politicamente correcto, às teses alarmistas do aquecimento global antropogénico, justificavam que decidisse terminar uma "relação" de mais de 30 anos.

"Esta casa acredita que subsidiar a energia renovável é uma boa forma de "desmamar" o mundo dos combustíveis fósseis". Este mote sugere um debate e uma pergunta aos visitantes: "concorda com a subsidiação das renováveis? A revista convidou Matthias Fripp para fazer a defesa do "sim", cabendo a Robert L. Bradley argumentar na defesa do "não". Supostamente independente, o moderador, James Astill, jornalista da casa (anteriormente do Guardian...), irá brevemente declarar o vencedor. Na votação online, à hora que escrevo, o "não" tem 51%, o que presumo ser um verdadeiro setback para The Economist. Quando à qualidade dos argumentos e à isenção(?) do moderador, que cada um julgue por si, achando eu que fiz bem quando decidi acabar com a subscrição. Como remata Bradley, um "Austríaco", "[t]he best energy future belongs to the efficient and to the free".

Estranhíssimo, não é?

Relvas convida Guilherme Costa para renovar mandato na RTP (15:35)

Guilherme Costa aceita novo mandato na RTP (17:06)

Foi há 40 anos

que nasceu o primeiro microprocessador no mercado - o Intel 4004:


Mistificações e realidades ambientais

Via No Passáran!, tradução livre, minha:
«Não me me encontrarão preocupado com as "consciências verdes" quanto às emissões nocturnas [de CO2] da Europa, mas apenas com a flagrante arrogância e o miserável discernimento que essas consciências elegeram para criticar.
Clicar para ampliar
O gráfico evidencia algo de muito óbvio. A utilização que os americanos fazem de gás natural nacional, permite-lhes alcançar bem mais que as ideias falsas de cocabichinhos segundo os quais o futuro só é possível com aerogeradores ou painéis solares instalados por todo o lado, numa parte do mundo tão sombria e lúgubre como o norte da Europa.»

A verdade em poucas palavras

Kyle Bass, na BBC, resume a contradição insanável na zona euro: "They have a German pope and an Italian central banker". Dito de outro modo, desenganem-se os que pensam que os alemães estão dispostos a pagar os desmandos dos idiotas despesistas e perdulários (nós, os da Europa do Sul).

Notas sobre o relatório do grupo de trabalho relativo ao "serviço público" de comunicação social (II)

Ao que parece, João Duque cometeu o crime de utilizar a expressão, outrora comum, "A bem da Nação", a propósito de uma das recomendações do grupo de trabalho a que presidiu (de que os conteúdos informativos da RTP Internacional deveriam ser "orientados" pelo Ministério dos Negócios Estrangeiros"). E lá caiu uma série de parentes na lama. Os do Público, deste logo, que invoca até - calcule-se - Hugo Chávez, em editorial de hoje cabendo ao cronista Rui Tavares, por sua vez, ir repescar um organismo de antanho - o Secretariado de Propaganda Nacional de António Ferro - para assim manifestar o verdadeiro horror a proposta de Duque e do grupo de trabalho que coordenou.

À vontade no tema - defendo a extinção ou privatização integral da RTP, Lusa e ERC - não deixo de observar a estratégia sacrifical para que foi empurrado - e se colocou - o próprio grupo de trabalho, depois disto e do que aqui se relata.

Terçando armas contra os mercados


Claro que tudo isto - só pode - se destina a incentivar a poupança que precisamos, desesperadamente, aumentar. O modo como esse incentivo se concretiza é que é assertivamente cercinal.

Descaramento

PS acusa PSD e CDS de terem colocado "boys" na Segurança Social.

Não sei como, ou porquê, mas lembrei-me de uma célebre risada cinematográfica interpretada por uma monstruosidade predadora. Aqui a recordo:

Cat Stevens - Morning has broken

Para todos os que se levantam cedo e cedo começam a navegar...

Letra:

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Contrariando ideias feitas

Este artigo no Wall Street Journal constituiu como que o lançamento do novo livro de Daniel Yergin, "The Quest: Energy, Security and the Remaking of the Modern World". Yergin, vencedor de um prémio Pulitzer, é provavelmente, o maior especialista vivo em economia e história da energia, e tem-se dedicado em particular em desmistificar o "iminente" fim das fontes energéticas de origem fóssil relembrando, por exemplo, que já nos anos 80... do século XIX(!), se falava em "peak oil". Escreve Yergin :
«This is actually the fifth time in modern history that we've seen widespread fear that the world was running out of oil. The first was in the 1880s, when production was concentrated in Pennsylvania and it was said that no oil would be found west of the Mississippi. Then oil was found in Texas and Oklahoma. Similar fears emerged after the two world wars. And in the 1970s, it was said that the world was going to fall off the "oil mountain." But since 1978, world oil output has increased by 30%.

Just in the years 2007 to 2009, for every barrel of oil produced in the world, 1.6 barrels of new reserves were added. And other developments—from more efficient cars and advances in batteries, to shale gas and wind power—have provided reasons for greater confidence in our energy resiliency. Yet the fear of peak oil maintains its powerful grip.»
Sempre que um dado grupo de pressão consegue influenciar um governo no sentido de este, pela força da coerção e dos impostos, "acelerar" o ritmo da história, é de socialismo que estamos a falar. De promoção activa da pobreza, portanto. Nunca nos  esqueçamos desta verdade elementar.

Tributo ao Profblog

O Profblog é um dos sítios de passagem obrigatória na minha deambulação blogosférica diária. A contra-corrente do socialismo reinante - desgraçadamente habitual nos blogues dedicados à educação -, usando sempre de forma galharda e porfiada na exposição dos seus pontos de vista e com total fair-play, inclusive para com os visitantes menos urbanos, visitar o blogue do professor Ramiro Marques é um must. Entretanto, numa das espreitadelas que hoje lhe dei na caixa de comentários, deparei-me com uma referência que a minha memória já tinha passado - injustamente - ao arquivo "morto". Resuscitemo-la, pois:

Por uma vez, a verdade nua e crua

Debt crisis: live, no Telegraph (realces meus):
14.00 An ECB member tells it like it is...

Governing Council member Yves Mersch has said that monetizing government debts "is tantamount to inflation" and "not feasible".

To use inflation to lower the fiscal burden "would reduce incentives for governments" to tackle their debt burdens and "would raise the risks of even higher future inflation and greater output volatility. Uncontrollable wage-price spirals would be likely," Mersch said in a speech in Frankfurt.

He added that you cannot make the ECB as a "lender of last resort for governments" and that governments must live up to own responsibilities.

The ECB also said lending to banks had risen €9.21bn to €589.2bn.

A síndrome da avestruz

Imagem retirada daqui
«We all know some 3 trillion euros of debt in Europe is uncollectible. So why isn't anyone talking about the one and only solution, which is writing off all that debt? Since nobody knows how much bad debt there actually is in the Eurozone--care to guess on the market value of all those underwater mortgages in Spain or the true size of Italy's debts?--that 3 trillion is just a guess, but it's probably a reasonable starting point. Let's start with the most basic fact about all this uncollectible, impaired, bad debt: every euro of debt is somebody else's asset. Wipe out the debt and you wipe out the asset. That's why there's no willingness to accept the writedown of debt: somebody somewhere has to suck up 3 trillion euros of loss. Can we please dispense with the fantasy "solutions"? There is no way Europe is going to "grow its way out of this debt." How much of the eurozone's "growth" was the result of rampant malinvestment and risky borrowing? More than anyone dares admit. It won't take austerity to crash the euroland economy, all it will take is turning off the debt spigot...Life will go on if the banks are wiped out and closed, pension funds and insurance companies take losses, etc. If those who made the bets for their own private gain aren't forced to absorb the risk, then we don't live in either capitalism or democracy; we live in a financial-fascist tyranny.»
Via ZH