Que as ideias da liberdade progridam e que aos seus defensores que já se manifestavam em 2011 se juntem muitos outros mais em 2012. São estes os meus votos para o Ano Novo.
Um particular obrigado aos leitores do EI.
«2012 será um ano de grandes mudanças e transformações. Transformações que incidirão com profundidade nas nossas estruturas económicas. São estas estruturas que muitas vezes não permitem aos Portugueses realizar todo o seu potencial, que reprimem as suas oportunidades, que protegem núcleos de privilégio injustificado, que preservam injustiças e iniquidades, que não recompensam o esforço, a criatividade, o trabalho e a dedicação. São estruturas que têm de ser mudadas.»
Passos Coelho, Mensagem de Natal, 25-12-2011
Fotografia publicada no Telegraph |
«It is no coincidence that the century of total war coincided with the century of central banking.»
Ron Paul, End the Fed
Dirigindo-se às tropas em Fort Bragg, na Carolina do Norte, a base da 82ª Divisão Aerotransportada, Obama não chegou a declarar vitória no Iraque, mas classificou o termo do conflito como "um feito extraordinário".Hoje, no Diário de Notícias, atentados em Bagdad: Contabilizados pelo menos 69 mortos
(PDF) |
Guardian, 21-12-2011 |
Fonte: Desmitos |
Fonte: Desmitos |
Cartoon retirado daqui |
Retirado daqui |
«As melhorias mais importantes da condição humana causadas pelas novas tecnologias são frequentemente inesperadas antes de ocorrerem e rapidamente esquecidas depois. A minha avó nasceu por volta de 1850 na industrial West Riding de Yorkshire. Ela dizia que a mudança realmente importante nas casas da classe trabalhadora quando ela era jovem foi a mudança das velas de sebo para as velas de cera. Com as velas de cera era possível ler confortavelmente à noite. Com as velas de sebo não era. Em comparação, a posterior mudança das velas de cera para a luz eléctrica não foi tão importante. De acordo com a minha avó, as velas de cera fizeram mais do que as escolas do governo para produzir uma classe trabalhadora letrada .
O gás de xisto é como as velas de cera. Não é uma solução perfeita para os nossos problemas económicos e ambientais, mas está cá quando é necessário, e isso faz uma enorme diferença para a condição humana. Matt Ridley dá-nos um relato justo e equilibrado dos custos e benefícios ambientais do gás de xisto. As lições a serem aprendidas são claras. Os custos ambientais do gás de xisto são muito menores que os custos ambientais do carvão. Por causa de gás de xisto, o ar em Pequim vai ser limpo como o ar em Londres foi limpo há 60 anos atrás [quando foram proibidas as lareiras domésticas a carvão]. Por causa do gás de xisto, o ar puro deixará de ser um luxo que apenas os países ricos podem pagar. Por causa de gás de xisto, a riqueza e a saúde serão distribuídas mais equitativamente à face do nosso planeta.»
"a inflação é a forma dos políticos esconderem os erros que cometem"
Telegraph, 16-12-2012 |
A noite de 2ª feira da RTP1 era o Prós e Prós do tempo de Sócrates, como a noite de 2ª feira da RTP1 é o Prós e Prós do tempo de Passos Coelho - a RTP é do Estado e as coisas são o que são.
Para recapitular: o Congresso subsidiou um produto que não existia, determinou a sua compra ainda que não existisse, vem punindo as empresas petrolíferas por não comprarem o produto que não existe e agora dobrou os subsídios, na esperança que um dia possa vir a existir. Poderíamos designar tudo isto por caminho da insensatez, mas tal seria injusto para com os tolos.
«Já na altura os EUA tiveram bastante sorte em ter um Roosevelt em vez de um Hitler. E ainda bem que ninguém se lembrou (então) de proibir o keynesianismo, nem de levar políticos a tribunal por políticas de expansão da economia.»
This chart ... lends support to claims by the anti-Keynesians (of which I am one) that the biggest factor that has worked to slow economic growth in recent years is the huge increase in federal spending. Instead of "stimulating" the economy, enormous increases—in both nominal and relative terms—in federal spending have ended up "stimulating" the unemployment rate more than anything else. The reason? The public sector spends money much less efficiently than the private sector... The vast bulk of government spending these days boils down to transferring money from those who are working and producing the most, to those that are working and producing the least, and that is not a prescription for a strongly growing economy.
Our results allow us to draw several conclusions regarding the effects on economic growth of the size of the government: i) there is a significant negative effect of the size of government on growth; ii) institutional quality has a significant positive impact on the level of real GDP per capita; iii) government consumption is consistently detrimental to output growth irrespective of the country sample considered (OECD, emerging and developing countries); iv) moreover, the negative effect of government size on GDP per capita is stronger at lower levels of institutional quality, and the positive effect of institutional quality on GDP per capita is stronger at smaller levels of government size.
P:Tem que se criar um novo capitalismo?Palavras que merecem a justa indignação de Lomba:
A. Esteves: Sim. Um novo paradigma para o capitalismo passa por esse regresso da política. Eu acredito que numa folha A4 se podia mudar a Europa toda. É uma questão de acertar em cheio. Esta crise já nos obrigou a ver as evidências, agora falta só a coragem de as passar ao papel.
(...)
P: Tenciona ter uma atitude pública para contrariar o espírito do caça-político?
A. Esteves: Os deputados sabem que podem contar comigo para defender a imagem a que temos direito, que é uma imagem de dignidade. E é uma dignidade acrescida pelo sentido de entrega que é superior ao do cidadão comum, à das pessoas que estão habituadas às suas vidinhas(...)
«Está a dra. Assunção a dizer que a "dignidade" de um deputado é "acrescida" face ao cidadão comum? Que a "entrega" de um deputado é "superior" [à] do cidadão comum que aguenta há décadas em silêncio os vexames de uma democracia partidária de videirinhos? Quer maior "entrega" do que essa? E ainda fala das "pessoas habituadas às suas vidinhas"?»e
«Achar-se que uma folha A4 chegava para mudar a Europa toda" mostra bem a inépcia e a falta de cultura política das nossas elites. E, no entanto, a frase já convenceu um dos "mestres" da dra. Assunção, o notável professor Freitas do Amaral que, em entrevista recente à Visão, afirmou isto: "Como dizia a presidente da AR, Assunção Esteves, os problemas da Europa podem resolver-se numa folha A4. Vinham os líderes dos países europeus, reuniam-se num fim-de-semana, num sítio tranquilo como o Hotel do Mar, em Sesimbra, e resolviam o problema."(...)
Espantoso. Mas não se surpreendam. Estamos a falar do mesmo professor Freitas que, há uns anos, propôs acabar o conflito Israel-Palestina com um jogo de futebol.
Caros concidadãos: se me estiverem a ler em 2080, saibam que eram assim as elites do regime em 2011. A gente pedia ideias e em troca recebia uma folha A4 e o Hotel do Mar»
«Não, eles não estão realmente zangados connosco por nos opormos ao novo Tratado para a União Fiscal. A razão pela qual as nossas irmãs e irmãos europeus estão tão cronicamente enfurecidos com os britânicos é que tenha sido inteiramente provado que tínhamos toda a razão quanto ao euro. Por mais de 20 anos, os ministros britânicos têm ido a Bruxelas dizer que adoram todas essas coisas acerca do mercado único mas que duvidam da sabedoria de tentar criar uma união monetária. E por mais de 20 anos, alguns de nós temos vindo a dizer que a razão de uma união monetária não funcionar é que tal não se pode fazer sem uma união política - e que uma união política não é democraticamente possível.
Advertimos que seria necessário um espécie de Eurogoverno central para controlar os orçamentos nacionais e a política fiscal, e que os povos da Europa não o iriam adoptar. Agora, reparem. Não foram os banqueiros anglo-saxões que causaram o problema na zona euro, mon ami Sarkozy. Foi o fracasso total dos países da zona euro - a começar pela França, aliás - em observar as regras de Maastricht. Foi a recusa dos gregos em controlar as suas despesas ou reformar o seu sistema de segurança social. Na Grécia e em Itália, os líderes democráticos foram efetivamente depostos na esperança de apaziguar os mercados e salvar o euro, e o que torna os líderes dos países da zona euro ainda mais furiosos é que não parece que esteja funcionando.»
This will be a short post. Nearby is a Venn diagram showing the intersection between Goldman Sachs and the federal government: people who before or after were attached to both (...)
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«The problem is that people do not need to be told what they should choose. People are pretty good at making choices for themselves. Men can stay home. Women can do startups. The thing is, most don’t want to. And that’s okay.»
"Stop Telling Women To Do Startups", por Penelope Trunk
A China - o maior consumidor mundial de energia - descobriu grandes quantidades de gás de xisto [shale gas] na sua província de Sichuan, de acordo com o Financial Times. Com esta descoberta, espera-se que a indústria chinesa de energia vá dotar o país de uma fonte de combustível "barata e abundante" para algo como os próximos 300 anos, de acordo com as estimativas e o padrão de consumo actual. Este tipo de gás não convencional é extraído de formações xistosas utilizando água altamente pressurizada e produtos químicos, técnica conhecida como "fracking" que se tem vindo a tornar cada vez mais popular, revolucionando os mercados por todo o mundo, incluindo os Estados Unidos, hoje o maior produtor mundial de gás de xisto.
«Há mais de dez anos, fundei e geri um negócio de consultoria económica em que grande parte dos proveitos era obtida com a venda de modelos para grandes clientes empresariais. Um dia, perguntei a mim mesmo: se esses modelos eram úteis, porque não construir modelos similares para a nossa própria tomada de decisão? A resposta, percebi, estava em que os nossos clientes, na realidade, também não utilizavam esses modelos para a sua tomada de decisão. Eles usavam-nos, interna ou externamente, para justificar decisões que já tinham tomado.»
Imagem retirada daqui (clicar para aumentar) |
«O que Booker fez por nós... foi demonstrar que a actuação errada da BBC sobre as alterações climáticas não foi simplesmente um reflexo da sua incompetência inata e deferência natural para com a autoridade corporativa.
Tem sido de facto o resultado de uma política deliberada, desde o meados da década passada, quando altos executivos da BBC, incluindo os responsáveis dos noticiários e actualidades, juntamente com a sua equipa de jornalistas de temas ambientais, tomaram a decisão que a cobertura sobre as questões relacionadas com as alterações climáticas deveria ser mais abertamente sectária.
A União atribuiu-se hoje um novo objectivo estratégico para a próxima década: tornar-se no espaço económico mais dinâmico e competitivo do mundo baseado no conhecimento e capaz de garantir um crescimento económico sustentável, com mais e melhores empregos, e com maior coesão social. A consecução deste objectivo pressupõe uma estratégia global que vise:
– preparar a transição para uma economia e uma sociedade baseadas no conhecimento, através da aplicação de melhores políticas no domínio da sociedade da informação e da I&D, bem como da aceleração do processo de reforma estrutural para fomentar a competitividade e a inovação e da conclusão do mercado interno;
– modernizar o modelo social europeu, investindo nas pessoas e combatendo a exclusão social;
– sustentar as sãs perspectivas económicas e as favoráveis previsões de crescimento, aplicando uma adequada combinação de políticas macroeconómicas.
(...)
As pessoas são o principal trunfo da Europa e deverão constituir o ponto de referência das políticas da União. O investimento nas pessoas e o desenvolvimento de um Estado-providência activo e dinâmico será fundamental tanto para o lugar da Europa na economia do conhecimento como para assegurar que a emergência desta nova economia não venha agravar os problemas sociais existentes em matéria de desemprego, exclusão social e pobreza.
«Eu acredito que a Europa teria tudo a ganhar em ter um projecto de cooperação reforçada no plano da mobilidade eléctrica, por exemplo. A mobilidade eléctrica (comboios, carros) podia ser uma área liderada pela Europa, porque nós somos o continente mais dominado pelo petróleo e muitos dos problemas das dívidas soberanas têm origem aí... No fundo, aplicar o plano de reformas que está previsto no Tratado de Lisboa»Como assim se constata, a tralha socrática continua de muito boa saúde.